terça-feira, 25 de novembro de 2008

Um Tanto Mais



Recebi esta Sabedoria de um Grande irmão da Luz. Que esta semente de Luz continue a trazer Luz á todos que tocam.



UM TANTO MAIS


Você guarda a impressão de haver esgotado o estoque de todos os seus recursos, em determinada tarefa de amor, mas se você perseverar um tanto mais no devotamento, ninguém pode prever os louros de luz que brilharão em seu passo.

Você está doente e pretende obter licenças de longo prazo, mas se você continuar um tanto mais em serviço, ninguém pode prever o tesouro de forças novas que lhe aparecerá no caminho.
Você encontrou imensas dificuldades no exercício das boas obras e anseia fugir delas, mas se você persistir um tanto mais na construção da beneficência, ninguém pode prever o triunfo que as suas horas recolherão, nas fontes vivas da caridade.

Você acredita que não pode tolerar o amigo importuno, o filho teimoso, o irmão inconsciente, a esposa inconstante ou o marido insensato, mas se você suportar um tanto mais a luta em família, ninguém pode prever a extensão do júbilo provindouro em seu ninho doméstico.

Você supõe que o azar é o seu clima e chora na bica do desespero, mas se você cultivar um tanto mais de fidelidade às próprias obrigações, ninguém pode prever a amplitude do seu êxito, no amanhã que vem perto.

Você experimenta enorme cansaço e não quer dar ouvidos ao companheiro de longa conversa, mas se você esticar um tanto mais o seu sacrifício, ninguém pode prever os prodígios da colheita de bênção que surgirão dos seus breves minutos de gentileza.

Observe que você mesmo para realizar isso ou aquilo, exige incessantemente dos semelhantes um tanto mais de bondade, um tanto mais de cooperação, um tanto mais de tempo, um tanto mais de carinho...

O gênio é a paciência que não se acaba.

É justo que você deseje um tanto mais de felicidade, mas para isso, é necessário que você ajude um tanto mais a felicidade dos outros.

Repare você as lições da vida e compreenderá que a vitória no bem é sempre trabalhar conforme o dever e servir um tanto mais.

André Luiz

(De: “Ideal Espírita”, de Francisco Cândido Xavier – Autores diversos)

Com Carinho Compartilho,

Anjo Guardião Branco.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Sonhos



SONHOS


Marcinha brincava com suas bonecas, no gramado da frente. Ele tentava, com certa dificuldade, reproduzir um desfile de modas, onde seria mostrado as novidades para o verão, criação dela. Sua boneca mais linda, uma garota de 15 anos, com um corpo muito belo, que esta além da sua idade, ia mostrar sua maior criação, um biquíni que mostrava melhor os seios, mas que ao mesmo tempo não deixa ele caído, e na parte de baixo, ele valoriza os traços das pernas, e do bumbum, mas sem se mostrar demais. Marcinha tinha muito orgulho desta criação, em particular, mesmo sabendo que não passava de uma brincadeira de uma menina de 8 anos. Mas seu sonhos falavam por ela. Sentia-se solitária, nesta casa grande e escura, quando seus pais saíam e a deixam com o avô. Apesar de o vovô Quim (sua forma carinhosa que chamar seu avô), ser bastante companheiro, e tentava de muitas formas anima-la, não tinha muito sucesso, pois afinal ele era ultrapassado, e ainda por cima, era um homem. Ela pegava a caixa de sapatos escondida do avô, para lhe servir de palco, onde sua modelos iam se apresentar. Pequenas canetas e lápis, eram as câmeras que iam filmar a Fashion week de Limeira, na Rua dos Sonhadores, numero 11, Bairro da Felicidade. Os soldadinhos de plástico roubados do primo serviam de seguranças, outros serviam de fãs e alguns de jurados. Marcinha se encontrava atrás do palco, para evitar que os fãs se apavorassem antes da hora, e também já dava as coordenadas para as modelos, pois este desfile deveria ser um espetáculos maior que a Cavalgada de Valquíria. Depois de debaterem todos os detalhes, as modelos agradeciam uma a uma a estilista Marcia de Alcântara Neves de Limeira, que tinha dado a chance de elas serem famosas. A Musica começou, as luzes se ascenderam, e Marcia já batia palmas para apressar as primeiras modelos:


5 Segundos. - gritava freneticamente.


As primeiras modelos entraram chiquérrimas, todas com um vestidinho verde com babadinhos, mostrando as tendências “Retrô” da atualidade, voltando ao passado Vitoriano. Elas foram muito aplaudidas, pois apesar da idade, já eram profissionais bem adestradas. A Segunda leva entrou no palco, onde as tendência de longo vermelho “à Dona Julia” era mostrado, junto com um terno feminino de dar inveja. Quando as luzes mais uma vez se agitavam, a estrela da mostra já se preparava para mostrar suas frondosas curvas e pouca idade. Um Biquíni maravilhoso adentrou o caminho da fama, mostrando as formosuras de uma modelo mais bela ainda, tendo no seu peito, uma tatuagem da borboleta azul, cores preferidas e símbolos amigos. Todos aplaudiram de pé. “Que magnífico”, disse um, “Fantástico” disse outro, “Fabuloso” disse mais um e então os seguranças tiveram trabalho. Sua Criadora, Marcia de Alcântara Neves de Limeira, apareceu no palco, abraçada com a mais cobiçada modelo da mostra, numa forma bem pecaminosa de mostrar suas aparências. “São Gêmeas” gritou um fã lá no fundo. De fato, eram gêmeas, como se a própria Marcia tivesse um clone mais velho, coisa no fundo verdadeira.


Ora, Ora. - disse Seu Joaquim – Vejo que meu sapato esta aí.
Este é meu Palco. - defendeu-se Marcinha.
Sim, eu estou vendo. E um belo Palco.
Esta mesmo. E Este são minhas modelos.
Mas que bela. Se parece com você.
Vovô – disse Marcinha toda acanhada – Sei que é uma brincadeira de criança, mas sinto que é verdadeiro...
Brincadeira? - respondeu o avô – Cadê? Vejo apenas modelos profissionais e roupas bastante caras... cadê a brincadeira?
Mas vô Quim, estamos em casa, apenas brincando de bonecas... - Disse Marcinha com voz suave, pensando que o avô já tinha caducado.
Eu Sei. - disse ele por fim – Mas isso tudo é um sonho, e no nosso sonho tudo é possível...
Um Sonho?
Sim, claro – disse rapidamente o Avô, pegando sua neta no colo.
Mas será que um dia ele virá realidade? - Perguntou a pequena.
Isso depende de você, pois nós somos do tamanho dos nossos sonhos...
Então sou uma Giganta. - disse a menininha, sorrindo para o avô.


Com carinho Compartilho.


Anjo Guardião Branco.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Momentos








Momentos



Eis que há momentos de frustração, de apego ao momento atual...

Estes momentos, dilacerantes do coração, são movimentos pela pena de si mesmo, pena pelo o que pode perder e desencontrar...

São momentos como este que nossas almas se revoltam, se tornam oblíquas quanto aos seus verdadeiros desígnios, sua verdadeira missão e sua busca.

É neste momento, que o pior dos piores sentimentos vem, o Medo.

Limitante. Destruidor. Incapacitante. Enlouquecedor. Assim é o Medo.

Ele é capaz de derrubar sua confiança. Ele é capaz de dilacerar seus sonhos. Ele é capaz de magoar a quem você ama. Ele te fazer destruir-se.

Lembremos que até nos momentos mais tenebrosos, Deus está conosco.

Não há medo onde mora Deus. Não devemos permitir que nossos corações mudem de foco, mudem de essência pela situação. Por pior que seja. Aquele que nos criou jamais nos abandonará, mas devemos virar nossa face para Ele, pois às vezes, nos esquecemos o quanto somos importantes para Ele e Ele para nós. Somos Um.

Então, todo dia, acorde renovado(a). Acorde uma nova pessoa, munido de Coragem para enfrentar a situação, fazendo dos obstáculos, escadas para sua subida ruma à vitória. Somos do tamanho dos nossos sonhos, e plenamente capazes de realiza-los. Para isso precisamos de duas coisas; Merecimento e Objetividade. Todas as outras ferramentas, corremos atrás.

Lembre-se do Salmo 23:

“O Senhor é meu Pastor e nada me faltará,
Em verdes prados Ele me faz repousar,
Conduz-me junto a águas refrescantes,
Restaura as forças de minha alma.
Pelos caminhos retos Ele me leva,
Por amor do seu nome.
Ainda que eu atravesse o vale escuro,
Nada temerei, pois estais comigo,
Vosso bordão e vosso báculo,
São o meu amparo.
Preparais para mim a mesa,
Avista de meus inimigos.
Derramais o perfume sobre minha cabeça,
Transborda a minha taça,
A Vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me,
Por todos os dias da minha vida.
E habitarei na Casa do Senhor,
Por longos dias.”
Com Carinho Compartilho.
Anjo Guardião Branco.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Devaneios pelo Amor






Devaneios pelo Amor


O Amor é uma Fornalha. Um incêndio na Floresta. Um Aquecimento abrasador das mais loucas paixões. É o responsável pelo mergulho em si mesmo. É o maior agregador que pode existir.


Ah, o Amor. Maravilha nutrida no próprio coração de Deus. Tão perfeito e puro que não existe algo para comparar, ele se compara em si mesmo. É o insight da Alma. É a melodia das mais puras esferas, feito música pelo talentoso músico no mais belo violino. É o vinho da videira dos tempos, enebriante bebida, que nos faz beber da vida, gargalhar por qualquer motivo, nos faz voltar a crer na vida, no olhar da Pura Criança que há dentro de nós. Um Cristal Puro, nutrido pelo ventre da mãe Terra. Aroma delicado, deslumbrante cheiro de rosas, margaridas, jasmin, dama-da-noite, flor-de-laranjeira. Mel adocicado, envolvedor, consolador, distribuidor, merecedor. Desmedido pelo infinito em adjetivos, em dedicado desmembrado em milhões de membros. Tão altivo e envolvido, que se desfaz em pétalas ao menos toque, se transforma em pó em mãos profanas, vinho este trabalhado só pelas mãos de Mestres. Se transforma em estrofes e palavras rimadas nas mãos do Poeta, seu Arauto. Se transforma em Filosofia nas mentes dos mergulhadores da alma. Se desfaz em Rios de Esperança, transportado ao Mar do reencontro, ligado ao Oceano da iluminação.


Dedicado aos Deuses. Trabalhado pelos Poetas. Envolvido pelos Loucos. Buscado por Todos.


Este é o Amor.


Anjo Guardião Branco.

P.S.: Coloquei a foto de uma criança, pois elas são mestres neste assunto.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Os princípios do Universalismo




Os princípios do Universalismo


O Universalismo é uma filosofia da vida, voltado para a Vida. É um princípio criador no qual se desperta para a criação de si mesmo, sem a mácula do racionalismo exagerado. É uma filosofia onde se desperta para a vida, se desperta para si mesmo, pois nessa filosofia, poderá ver e sentir que tudo á sua volta, na verdade está dentro de si. Ou seja, se somos seres pensantes, seres conscientes, que tem capacidade de perceber sua própria existência, então somos capazes e dotados do princípio divino da criação. A palavra chave aqui é Divino e Criação. Diz na Bíblia, “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Genesis cap. I versículo 26), ou seja, temos parte nessa criação, temos o princípio divino dentro de nós. Em poucas palavras, “nós somos Deus e Deus somos nós”. Tudo á nossa volta está dentro de nós, o mundo, as pessoas, os animais, as plantas, a Terra, a Agua, o Fogo, o Ar, enfim, fazemos parte de tudo e tudo faz parte de nós. Pode buscar notar, o quanto o externo está dentro de você, pois em tudo você encontrará uma semelhança com você mesmo. Exemplo: A Agua, quando está turva e poluída, traz uma vida nociva à todas as outras. Da mesma forma é o seu emocional; Se está turvo e poluído, trará más influência para a vida, ou seja, para o próximo, pois você estará agressivo, deprimido ou inconformado, fazendo com que as pessoas ao seu redor sinta-se assim. O Fogo é abrasador e transformador, seu calor trás conforto e mudanças. Quando despertamos o fogo da criação dentro de nós, trazemos também este conforto e ânsia criadora, para mudar o que é necessário. Logo, somos todos um.


Se somos todos um, então, por que nossa vida Coletiva e Social é tão deturpada? Por que somos agressivos com alguns, indiferentes com muitos e amigos de poucos? Se todos são um comigo, por quê não farei minha parte para com minha sociedade? Se estou fazendo o bem para quem for, estarei, indiretamente, fazendo este bem para mim mesmo. Tudo volta, tudo é um ciclo. Isso já é provado, da mais diversas formas.


O Universalismo vem trazer esta consciência à Luz para todos, em todos os níveis, pois o Universalismo não é apenas uma filosofia, é também uma Sabedoria e uma Consciência. É uma Filosofia, que pode ser despertada por todos. É uma Sabedoria do bem-viver, que exclui toda forma de hipocrisia. É uma Consciência, pois desperta em todos a verdadeira forma de se viver, que é entendendo que tudo e todos fazem parte de uma infinita Familia Maravilhosa, que é a Familia Universal. Somos células de um grande corpo, que tem um funcionamento harmonioso, e que toda célula tem sua função e é única, sendo sua falta irreversível. Todos somos importantes. Todos Somos únicos.


Logo estarei trazendo mais alguns princípios desta Filosofia.


Com Carinho Compartilho;


Anjo Guardião Branco.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

As Sete Leis Herméticas





Transcrevo aqui, um pequeno estudo sobre as Sete Leis Herméticas. Sabedoria e Amor são as unicas coisas que, quanto mais se compartilha, mais se tem. Espero que gostem.


AS SETE LEIS HERMÉTICAS


As sete principais leis herméticas se baseiam nos princípios incluídos no livro "O Caibalion" que reúne os ensinamentos básicos da Lei que rege todas as coisas manifestadas. A palavra Caibalion, na língua hebraica significa tradição ou preceito manifestado por um ente de cima. Esta palavra tem a mesma raiz da palavra Kabbalah, que em hebraico, significa recepção.


1 - A LEI DO MENTALISMO
"O Todo é Mente; o Universo é mental." (O Caibalion)
O universo funciona como um grande pensamento divino. É a mente de um Ser Superior que "pensa" e assim, tudo existe. É o Todo. Toda a criação principiou como uma idéia da mente divina que continuaria a viver, a mover-se e a ter seu ser na divina consciência.
O Universo e toda a matéria são como os neurônios de uma grande mente, um universo consciente e que "pensa". Todo o conhecimento flui e reflui de nossa mente, já que estamos ligados a uma mente divina que contém todo o conhecimento.


2 - A LEI DA CORRESPONDÊNCIA
"O que está em cima é como o que está embaixo. E o que está embaixo é como o que está em cima" (O Caibalion)
Essa lei nos lembra que vivemos em mais que um mundo.
Vivemos nas coordenadas do espaço físico, mas também vivemos em um mundo sem espaço e sem tempo.
A perspectiva muda de acordo com o referencial. A perspectiva da Terra normalmente nos impede de enxergar outros domínios acima e abaixo de nós. A nossa atenção está tão concentrada no microcosmo que não nos percebemos o imenso macrocosmo à nossa volta.
O principio de correspondência diz-nos que o que é verdadeiro no macrocosmo é também verdadeiro no microcosmo e vice-versa. Portanto podemos aprender as grandes verdades do cosmo observando como elas se manifestam em nossas próprias vidas.
Por isso estudamos o universo: para aprender mais sobre nós mesmos. Na menor partícula existe toda a informação do Universo.


3 - A LEI DA VIBRAÇÃO
"Nada está parado, tudo se move, tudo vibra".
No universo todo movimento é vibratório. O todo se manifesta por esse princípio. Todas as coisas se movimentam e vibram com seu próprio regime de vibração. Nada está em repouso. Das galáxias às partículas sub-atômicas, tudo é movimento.
Todos os objetos materiais são feitos de átomos e a enorme variedade de estruturas moleculares não é rígida ou imóvel, mas oscila de acordo com as temperaturas e com harmonia.
Todas as coisas se movimentam e vibram com seu próprio regime de vibração. Nada está em repouso. Das galáxias às partículas sub-atômicas, tudo está em movimento.
A matéria não é passiva ou inerte, como nos pode parecer a nível material, mas cheia de movimento e ritmo.


4 - A LEI DA POLARIDADE
"Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados"(O Caibalion)
A polaridade revela a dualidade, os opostos representam a chave de poder no sistema hermético. Mais do que isso, tudo é dual, os opostos são apenas extremos da mesma coisa. Tudo se torna idêntico em natureza.
O pólo positivo (+) e o negativo (-) da corrente elétrica são uma mera convenção. Energia negativa (-) é tão "boa" ou "má" quanto energia positiva (+).
Amor e o ódio são simplesmente manifestações de uma mesma coisa, diferentes graus de um sentimento.


5 - A LEI DO RITMO
"Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a compensação".
Pode se dizer que o princípio é manifestado pela criação e pela destruição. É o ritmo da ascensão e da queda, da conversão de energia cinética para potencial e da energia potencial para energia cinética. Os opostos se movem em círculos.
É a expansão até chegar o ponto máximo, e depois que atingir sua maior força, se torna massa inerte, recomeçando novamente um novo ciclo, dessa vez em um sentido inverso.
Tudo está em movimento, a realidade compõe-se de opostos. A lei do ritmo assegura que cada ciclo busque sua complementação. As coisas avançam e recuam, sobem e descem. Mas também giram em círculos e em espirais ascendentes e descendentes.


6 - A LEI DO GÊNERO
"O Gênero está em tudo: tudo tem seus princípios Masculino e Feminino, o gênero se manifesta em todos os planos da criação".
Os princípios de atração e repulsão não existem por si só, mas somente um dependendo do outro. Tudo tem um componente masculino e um feminino independente do gênero físico. Nada é 100% masculino ou feminino, mas sim um balanceamento desses gêneros.
Existe uma energia receptiva feminina e uma energia projetiva masculina, a que os chineses chamavam de "ying" e de "yang". Nenhum dos dois pólos é capaz de criar sem o outro. É a manifestação do desejo materno com o desejo paterno.
É uma importante aplicação da lei da polaridade. É semelhante ao principio animas - animus de Carl Jung ou seja, que cada pessoa contém aspectos masculinos e femininos, independente do seu gênero físico. Nenhum ser humano é 100% masculino ou 100% feminino.


7 - A LEI DE CAUSA E EFEITO
"Toda causa tem seu efeito, todo o efeito tem sua causa, existem muitos planos de causalidade mas nenhum escapa à Lei".
Nada acontece por acaso, pois não existe o acaso, já que acaso é simplesmente um termo dado a um fenômeno existente e do qual não conhecemos a origem, ou seja, não reconhecemos nele a Lei à qual se aplica.
Para todo efeito existe uma causa, e que toda causa é, por sua vez, um efeito de alguma outra causa.
Esse princípio é um dos mais polêmicos, pois também implica no fato de sermos responsáveis por todos os nossos atos.
No entanto, esse princípio é aceito por todas as filosofias de pensamento, desde a antiguidade. Também é conhecido como karma.

Com Carinho Compartilho.


Anjo Guardião Branco

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Pensamento e Crítica





Entre iludidos e idiotizados, o povo vem se iludindo novamente, sonhando com as utopias que suas cabeças vazias criam. Utopias essas, acrescidas da mais nobre sinceridade, mas trabalhado na mais negra ignorância, num quadro típico do brasil, a citar limeira tbm, onde o golpe contra o povo brasileiro ainda perdura; O golpe contra a Educação. Conseguiram idiotizar o povo, vendendo-lhe propaganda dos "espertos" aqueles que não estudam e de tudo se safam. Iludiram o povo com uma prova distinta, distinção essa data á chamada de propaganda, mostrando o que todos queriam ver, mas que passava longe da verdade. Antes de ser conhecimento, deveria ser consciência, essa "prima mater", que deveria ser carregada no coração de cada um, na hora de votar, na hora trabalhar, enfim, á todo momento, mas que agora não mais alcançará o coração do brasileiro, pois o mesmo não permite esta "prima mater" adentrar no seu coração, este deseja "pão e circo" apenas... Grande golpe esse. Para esses Golpistas Maquiavélicos, melhor que aprisionar o corpo do ser, é aprisionar sua alma... Pensem nisso, e se questionem o quanto somos enganados em tudo...

Gostaria de saber, por que não há aulas de musica e filosofia nas Escolas? Ambas são essenciais para a alma, como o alimento é para o corpo. Fica fácil ludibriar a mente do ser, se lhe tira a consciência de quem ele é, do que ele pode ser, e para onde ele vai. Como o vislumbrar de um amanhacer no outono, deveria ser nossa alma, relembrando o quanto somos importantes e unicos na nossa experiência, e que somos Livres para sermos o que quisermos, viver na sociedade que quisermos, fazer do mundo que quisermos. Somos responsáveis pelos nossos atos, mas também livres para crescermos com nossos atos.

Com Carinho Compartilho

Anjo Guardião Branco.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A Sabedoria da Tempestade






Takaurana e a Tempestade


Eis que no seu momento de meditação, Takaurana, o jovem monge, se via vencido pelas mágoas do seu ser, nos seus momentos de elevação, via-se sempre meditando no alto de uma montanha, toda dourada e a seu lado, a imagem do Buda, toda dourada também. Sempre que ia neste Nirvana, podia desfrutar da presença do Grande Mestre, mas em determinado momento, via seu Nirvana ser apoderado pela Tempestade. Nuvens negras, com relâmpagos e trovões, surgiam do nada e avançavam rápido até a sua Montanha. Lá, tomada pela escuridão, a imagem do Buda sumia, Takaurana ficava na escuridão, sozinho. Voltando das suas meditações o jovem monge pôs-se a entender o quê poderia significar aquela tempestade, tendo ela tão nítida na sua mente, roubando-lhe a presença de seu Mentor. Muito pensou e chegou à conclusão de que a Tempestade tem haver com água, tem haver com o ar, o vento, o céu. Então, relacionando tais conclusões, ele pode notar que seria uma invasão das suas sombras, pois sabia que água significava seu emocional, já o ar e o vento, significavam sua mente em movimento, seus pensamentos, já o céu escuro, poderia significar sua sombra. Assustado, Takaurana pediu uma conversa com o Mestre.


O Mestre buscava a compreensão de um lótus, estudando-o num pântano próximo ao Templo. Notando que o jovem monge se aproximava, o Mestre terminou por hora sua observação, pois sentia que o jovem monge não estava equilibrado. Sentou-se em posição de lótus e aguardou a chegada de Takaurana. Já o jovem monge, quando já cumprimentava o Mestre, pediu perdão pela sua falta de compreensão, que o conduziu a atrapalhar o Mestre, na sua busca pela iluminação maior. O Mestre, na sua grandiosa bondade e benevolência, pediu para o jovem apenas se concentrar na sua questão, não em detalhes de pouco valor. Takaurana pôs-se em posição de lótus, acompanhando o Mestre e descreveu seu problema. Depois de ouvir atentamente, o Mestre sentiu-se aliviado, sentiu a maior dádiva que um Mestre pode sentir; Seu discípulo estava evoluindo. Sentindo uma lágrima correr seu olhos, o Mestre tocou no ombro de Takaurana e discursou:


- Meu querido filho, sinto-me feliz no dia de hoje. Você já dá sinais de evolução, pois a tempestade em sua mente demonstra o quanto você cresceu...
- Evolui? Não compreendo... Eu não venci minha Sombra...
- Não venceu, mas já tem capacidade de entendê-la. Por isso ela te lembra, nos seus momentos de meditação, que ela existe e precisa ser entendida. Lembre-se: A Harmonia existe no caminho do meio, é necessário entender tanto o lado escuro como o lado iluminado, para encontrar a síntese de ambos.
- Então, querido Mestre, eu não devo fugir da Sombra, e sim ir ao encontro dela?
- Exatamente. É necessário que haja a Tempestade para haver a Criação.


Depois desta semente de Luz, o jovem monge agradeceu ao Mestre beijando-lhe as mãos. Este Mestre lhe é tão querido quanto um pai. Depois suavemente se levantou e voltou ao Templo, para mais uma vez buscar a iluminação, mas dessa vez, buscará a iluminação através da Sabedoria da Tempestade.


“Sou terrível, indomável, assustadora.
Sou destruidora, renovadora.
Minhas chuvas trazem água para os reinos vegetal, animal e mineral. Meus ventos trazem as nuvens poderosas, carregadas com relâmpagos e trovões, que causam incêndios e mudanças.
Minha escuridão, faz te lembrar da sombra, que são todos os teus sentimentos reprimidos e indesejáveis, mas que necessitam serem entendidos teus motivos.
Sou mensageira da mudança. Sou a ceifadora da estagnação. Sou a mãe das chuvas e dos ventos.
Sou a Tempestade.
Sem a devida renovação, não há criação nem evolução.
É necessário morrer para renascer numa nova vida.
Esta é a minha Sabedoria.
A Sabedoria da Tempestade.”

Com Carinho Compartilho,


Anjo Guardião Branco.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A Paz do mundo é um sonho para se sonhar acordado.





A Paz do mundo é um sonho para se sonhar acordado.


A Paz do mundo é o objetivo da vida de cada um, ou deveria ser. Ser pacífico não tem nada haver com omissão, com condescendência, com humilhação. Ser pacífico tem haver com se amar, se dar, se envolver com causas justas, com as idolatrias do dia-a-dia, com a verdadeira busca de cada um. Antes de mais nada, o ser humano quer ser tratado com justiça, com dignidade, com afeição, carinho, amor. Todo ser vivo merece tudo isso, pois não há motivo consciente para causar a dor, seja em que ser for. Toda violência é ignorância, toda dor é previsível, e pode ser evitada. Toda forma de negação ao estudo, cultura, ensinamento é uma forma de violência, contra a integridade deste ser. Todo o negativismo deveria ser combatido com o Amor, não com armas, nem ameaças, mas sim com o Amor, Humildade, Compaixão. Aceitar quem somos e onde estamos já é um passo em direção à Sabedoria, à Humildade. O Segundo passo é buscar ajudar o próximo, mesmo em atitudes pacatas e sutis, pois para quem precisa, toda a ajuda é bem vinda. Não podemos, claro, nos despir para vestir o outro, mas podemos ajuda-lo á costurar suas próprias vestes. Nenhum ser humano quer ser tratado com um inválido, como um ignorado, e sim quer começar a caminhar com suas próprias pernas, mesmo que aos tropeços e quedas. Todo mundo quer ser respeitado pelo seu nível de consciência, e ter a chance de crescer com suas forças. Ajudar não é dar muleta, e sim ajudar a andar. Somos dotados da capacidade de ajudar uns aos outros, como um glorioso Ser um dia nos disse: “Amai-vos uns aos outros, como a Ti mesmo”. Não conheço outras formas para explicar a Fraternidade. Somos detentores de muitos dons, e deveríamos lhes fazer jus. Então vamos nos colocar em movimento, vamos nos dar carinho, compreensão, ajuda em todos os níveis. Vamos tratar ao próximo, como gostaríamos que fôssemos tratados. A Paz do mundo é um sonho para se sonhar acordado, então vamos acordar, e viver este sonho.


Anjo Guardião Branco


P.S.: Inspirado pela maravilhosa contribuição que a Daniela Mercury deu ao site STUM. Mais detalhes:

http://www.somostodosum.com.br/



quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Quantas vezes você disse à vida que a ama?





Quantas vezes você disse à vida que a ama?


Quantas? Duas? Três? Cinquenta? Nenhuma?


Ora, lembre-se disso: Felicidade se alcança na Feliz Idade. Somos sempre propensos, estimulados a buscar o lado negativo de tudo, como se numa bela árvore de natal, bem iluminada com suas luzes piscantes, apenas notássemos as luzes apagadas. Ou seja, apenas numa pequena parte que não está como queremos. Esquecemos que, em todos os momentos da vida, queremos controlar tudo; As pessoas, os amigos, as finanças, o carro, o vento, a chuva, enfim, tudo a que tocamos e vemos, mas esquecemos que NÃO CONTROLAMOS NADA. Sim, é verdade, não controlamos nada! Tomamos uma série de atitudes, objetivos, planejamentos para controlar, prever ou estudar cada situação, numa mania doente de ter tudo sob nossos egos. Ora, isso é uma grande burrice, por que somos cegos guiados pela luz fosca da verdade condicionada, a verdade embasbacada pelo absolutismo. Somos doutrinados a acreditar no que “eles” nos dizem, mas esquecemos que nem mesmo “eles” sabem o que vai acontecer. A Sincronicidade nos guia, devido á vários fatores, muitos dos quais são desconhecidos pela maioria, um dos fatores mais comuns é a responsabilidade pelo nossos atos. Achamos mil e uma desculpas para nos convencer de que foi o carro que bateu, a árvore que caiu, a folha que sujou, mas esquecemos que, quando dirigimos, nem sempre estamos bem para tal; Que tiramos o meio ambiente da árvore e da folha. Esquecemos que tivemos responsabilidades por certos atos, direta ou indiretamente. Então, num ato egóico exagerado (como quase todos os atos) nos tornamos levianos em entender que não temos responsabilidade, nos isentando dos nossos atos, sem permitir que a Sincronicidade nos demonstre onde estamos sendo falhos. Ou seja, no mais belo momento, não deixamos os instrumentos precisos nos mostrar que, nossa vida é mais do que sentimos e vemos. A Sincronicidade é justa, mesmo quando é dura e firme, pois nem sempre estamos prontos para entender algumas coisas. Fugimos, esquecemos, espreguiçamos, não nos envolvemos, mas num dado momento, temos que agir. Quem sabe, a partir de agora, permitimos que “...o acaso vai, me proteger, enquanto eu, andar distraído...” como diria a música. Até onde sabemos nos guiar?
A Sincronicidade é a graça da vida. Nos permite ver o quanto estamos desfocados da vida, e focados na ilusão do controle. Por que será que temos que controlar tanto? Quando crianças, reclamávamos do excesso de controle dos pais, mas hoje agimos igual... Ora, até onde o controle é importante? O Planejamento, o objetivo de vida são primordiais, mas na medida certa, sem exageros. Dedicamos muito do nosso tempo na perda de tempo, já notaram? Fazemos coisas concretas, com bases inconcretas, voltado no ego de alguns, ou do sistema. Sei que ainda é chamado de “utopia” o desejo de um sonhador, em ver a vida voltada para ela mesma, mas sinto que isso logo será uma verdade, até mesmo uma necessidade.


Volto a perguntar: Quantas vezes você disse à vida que a ama?


Pare um pouco, e veja o quanto ela é gostosa, e ainda por cima, sábia...
Ame a Vida. Ame-se.


Hoje eu já disse à vida que a amo... Lhe convido a fazer o mesmo.

Com Carinho Compartilho

Anjo Guardião Branco
P.S.: Esta foto é em Homenagem ao mês das Crianças, Nobres Seres e Mestres na Arte da Alegria, que está começando...

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Poesia - A Bela Arvore





A BELA ÁRVORE


Nesta árvore um dia me sentei,
em seus galhos, fui escrever,
sobre a vida, minha sina,
mas certa dificuldade, eu tinha.


Na vida, nada mais via,
bela árvore, minha guia,
nos seres, não mais cria,
mesmo assim, fé eu tinha.


Fé, ao menos para tentar,
ver uma fagulha de esperança,
para acender a chama da mudança,
e a revolução começar.


Revolução esta, com muito amor,
sem, o mal da guerra, e seu horror,
mudança de esperança, com clamor,
para buscar nossas origens, com fervor.


Sei que não passava de um sonhador,
naqueles galhos, naquele calor,
de um ventre materno, amor eterno,
que aquece a vida, de um poeta eterno.


Resolvi deitar, aproveitar deste amor,
que me tinha no colo, bem materno,
dei a chance, do tempo dar flor,
da nossa evolução, objetivo sincero.


Com Carinho Compartilho,


Anjo Guardião Branco

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Um pouco sobre Confucio



"O homem que é firme, paciente, simples, natural e tranquilo está perto da virtude."


"Aja antes de falar e, portanto, fale de acordo com os seus atos."

"Mil dias não bastam para aprender o bem; mas para aprender o mal, uma hora é demais."

"A cultura está acima da diferença da condição social."

"A essência do conhecimento consiste em aplicá-lo, uma vez possuído."

"Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo."

"Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha. "



Um pouco sobre Confúcio


Confúcio (551 a.C. - 479 a.C) é o nome latino do pensador chinês Kung-Fu-Tze. Foi a figura histórica mais conhecida na China como mestre, filósofo e teórico político. Sua doutrina, o confucionismo, teve forte influência não apenas sobre a China mas também sobre toda a Ásia oriental.
Conhece-se muito pouco da sua vida. Parece que os seus antepassados foram gente nobre, mas o filósofo e moralista viveu pobre, e desde a infância teve de ser mestre de si mesmo. Na sua época, a China estava praticamente dividida em reinos feudais cujos senhores dependiam muito pouco do rei.

Confúcio, também conhecido com Kung Futsé (mestre kong), nasceu em meados do século VI (551 a.c.), em Tsou, uma pequena cidade no estado de Lu, hoje Shantung. Esse estado é denominado de "terra santa" pelos chineses. Confúcio estava longe de se originar de uma família abastada, embora seja dito que ele tinha ascendência aristocrática. Seu pai, Shu-liang He, antes magistrado e guerreiro de certa fama, tinha setenta anos quando se casou com a mãe de Confúcio, uma jovem de quinze anos chamada Yen Cheng Tsai, que diziam ser descendente de Po Chi'in o filho mais velho do Duque de Chou, cujo sobrenome era Chi.
Dos onze filhos, Confúcio era o mais novo. Seu pai morreu quando ele tinha três anos de idade, o que o obrigou a trabalhar desde muito jovem para ajudar no sustento da família. Aos quinze anos, resolveu dedicar suas energias em busca do aprendizado. Em vários estágios de sua vida empregou suas habilidades como pastor, vaqueiro, funcionário e guarda-livros. Aos dezenove anos se casou com uma jovem chamada Chi-Kuan. Apesar de se divorciar alguns anos depois, Confúcio teve um filho, K'ung li, que nasceu um ano após seu casamento, e uma filha.


Confúcio viajou por diversos destes reinos, esteve em íntimo contato com o povo e pregou a necessidade de uma mudança total do sistema de governo por outro que se destinasse a assegurar o bem-estar dos súditos, pondo em prática processos tão simples como a diminuição de contribuições e o abrandamento das penalidades. Embora tentasse ocupar um alto cargo administrativo que lhe permitisse desenvolver as suas idéias na prática, nunca o conseguiu, pois tais idéias eram consideradas muito perigosas pelos que mandavam. Aquilo que ele não pôde fazer pessoalmente acabaram por fazer alguns dos seus discípulos, que, graças à boa preparação por ele ministrada, se guindaram, dia após dia, aos cargos mais elevados. Já idoso, retirou-se para a sua terra natal, onde morreu com 72 anos.


Kong zi é biograficamente, segundo o historiador chinês Sima Qian (século II a.C.), uma representação típica do herói chinês. Ele era alto, forte, enxergava longe, tinha uma barriga cheia de Chi, usava longa barba, símbolo de sabedoria, mas se vestia bem e era simples. Era também de um comportamento exemplar, demonstrando sua doutrina nos seus atos. Pescava com anzol, dando opção aos peixes, e caçava com um arco pequeno, para que os animais pudessem fugir. Comia sem falar, era direto, franco, acreditava ser um representante do céu.


Sua idéia de organização da sociedade buscava também recuperar os valores antigos, perdidos pelos homens atuais. No entanto, em sua busca pelo Tao, ele usava de uma abordagem diferente da noção de desprendimento proposta pelos Taoístas. Sua idéia estava embasada num critério mais realístico, onde a prática do comportamento ritual daria uma possibilidade real aos praticantes de sua doutrina de viverem em harmonia.


Apesar das idéias de conformismo que possam ser atribuídas à esse pensamento, elas são errôneas. Kong zi não pregava a aceitação plena de um papel definido para os elementos da sociedade, mas sim que cada um cumprisse com seu dever de forma correta. Já o condicionamento dos hábitos serviria para temperar os espíritos e evitar os excessos. Logo, sua doutrina pregava a criação sim, de uma sociedade capaz, culturalmente instruída e disposta ao bem estar comum. Sua escola foi sistematizada nos seguintes princípios:
Ren, humanidade ( altruísmo);


Li, ou cortesia ritual;


Zhi, conhecimento ou sabedoria moral;


Xin, integridade;


Zhing, fidelidade;


Yi, justiça, retidão, honradez.

Cada um desses princípios se ligaria às características que para ele se encontravam ausentes ou decadentes na sociedade.
Confúcio não procurou uma distinção aprofundada sobre a natureza humana, mas parece ter acreditado sempre no valor da educação para condicioná-la. Sua bibliografia consta de 3 livros básicos, sendo que os dois últimos são atribuídos aos seus discípulos:


Lun yu (Diálogos, Analectos), no qual se encontra a síntese de sua doutrina.


Dà Xué (Grande Ensinamento) e


Zhong Yong (Jung Yung), ou a “Doutrina do Meio”.


Após sua morte Confúcio recebeu o título de "Lorde Propagador da Cultura Sábio Supremo e Grande Realizador" nome que se encontra registrado em seu túmulo.

Fonte : Wikipedia (http://pt.wikipedia.org)

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Anjo Guardião Branco


terça-feira, 9 de setembro de 2008

Fé & Ciência. Opostos ou Complementares?


Fé & Ciência. Opostos ou Complementares?

Fé sem Ciência é fanatismo. Ciência sem Fé é ceticismo. É com estes conceitos polêmicos que eu começo com nossa filosofia de hoje. Ambos são assuntos polêmicos, ditos opostos, ditos complementares, assuntos que fascinam e idiotizam, numa sincronicidade impressionante e força devastadora. A Fé que remove Montanhas. A Ciência que tudo Prova. Será que elas são opostas? Ou se complementam? Adoro assuntos polêmicos deste nível. Sem estes assuntos polêmicos, a vida pára, se estagna e os oportunistas dominam pela ignorância. Vamos ao nosso assunto:

Fé X Ciência: É notável o quanto o ser humano se distanciou da busca pelo espiritual quando a ciência aportou neste mundo. Um conjunto de estudos e métodos que prometia explicar a tudo, de forma provável e quase infalível, diferente das religiões desta época, que ainda tinham uma visão muito fechada do mundo. A Ciência veio, na minha humilde opinião, tirar o ser humano da chamada Idade das Trevas, numa miscelânea de preconceitos (alguns que duram até hoje), superstições, dogmas ou simplesmente ignorância que a Idade Média trouxe para a humanidade, com o punho de ferro das religiões fundamentalistas, à citar, a Igreja Católica. Sabemos que alguns cientistas da época foram parar na “Santa” Inquisição, tendo que negar seus conhecimentos e ser absolvido ou confirmá-los perante o nefasto conselho e sofrer com a “purificação” através da Fogueira!!! Ou seja, a ciência da época incomodava e muito todos os poderosos pontifices, que se utilizam desta e de outras formas, para tentar conter algo inevitável, a saída do ser humano da ignorância plena. Deste então começou a disputa Fé X Ciência.

Ciência X Fé. Mas também houve o exagero do outro lado. Já na Idade Moderna, o racionalismo do ser humano atingiu limites alarmantes, chegando ao nível do Ceticismo. Com uma Ciência forte, incentivando a humanidade á buscar o conhecimento, pode-se mudar de “bode expiatório”, colocando a ciência como novo “deus” dessa época. Com a criação do capitalismo e a produção em massa, o pensamento humano mudou drasticamente, voltando sua vida para as industrias, tirando da natureza o título de provedora da vida, passando a creditar tal espaço para a urbanização, a padronização do estilo de vida e ao consumismo. Perdeu-se nesse processo a identificação com a natureza, com a obra de Deus, passando a identificar-se com a obra do homem, da ciência, tendo a natureza uma função secundária, a de fornecedora de matérias primas. Assim, o nível de humanismo despencou, e uma nova forma de ignorância surgiu, o escravismo operário. Com o avanço da ciência, o ser humano teve novamente que se sujeitar à vontade dos homens, antes dos cléricos, agora dos empresários. O Escravo foi libertado para ser escravo de outro. Avanços no nível tecnológico, queda no nível humanístico. Assim é a era da Ciência.

Neste cenário, Fé e Ciência são opostos, quase inimigos. Uma luta de poder, de ego, uma tragédia “grega” mundial, onde o vazio no coração do homem é capaz de corromper tudo, corromper a fé, corromper a ciência. Com uma liberdade controlada, e cada vez mais controlada, a humanidade sofre, nos tempos de hoje, com um processo de dominação mental, uma lavagem cerebral, onde seus valores estão invertidos, seu coração não é mais seu mestre, seu mestre agora é o Medo. Leis idolatras, corruptas, unilaterais, pintadas de rosas pelo absolutismo. A Democracia é falha, pois permite erros, permite que o homem tenha ferramentas para a liberdade, mas lhe usurpa o conhecimento para utiliza-las. Ou seja, a humanidade em tese é livre, mas na pratica é mais controlada agora do que antes. E a ferramenta para esta controladoria é a ignorância e o medo. Sim, a ignorância em plena era da Ciência. Ignorância não é falta de Conhecimento, é falta de Sabedoria. Conhecimento é teoria. Sabedoria é prática. E o ser Humano não sabe disso, não tem tempo para pensar nisso. Tomaram nosso tempo, nosso dinheiro, nossa paz. Que belo plano hein?

Mas nem tudo é má noticia. Hoje em dia, muito tem se pensado nesse assunto, e logo pensou na união Fé/Ciência. Muitas correntes de pensamentos já se voltam para tal fato. Fé é Ciência como complementares. Assim como o yin/yang, complementares. Humanismo com Dinamismo. Espiritualidade com Materialidade. Devoção com Ação. Fé com Ciência. Meditar a Fé que palpita no coração, com a capacidade criativa de uma Ciência, com sua metodologia de trabalho, tendo assim um caminho do meio harmônico em ambos os pólos.

Fé sem Ciência é Fanatismo. Ciência sem Fé e Ceticismo. O encontro dos dois pólos pode nos trazer o equilíbrio que sempre desejamos, a harmonia que almejamos, a verdade que merecemos.

Pensem nisso.

Com Carinho Compartilho.

Anjo Guardião Branco.


P.S.: Coloquei a imagem de um lindo Jardim, em homanagem á Primavera, que logo chegará.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Poesia - Onde estás meu Herói?





Onde estás meu herói?



Onde estás meu herói...
meu cavaleiro andante,
meu verdadeiro amante,
o verdadeiro herói.


Tua montaria, a mim brilha,
tua postura, me anima,
tua conduta, me fascina,
tua falta, me traíra...


Tua nova busca,
numa aventura única,
seria minha salvação,
mas falta teu coração.


Tua falta me mataria,
mas a esperança me queria,
tua espada não mais brilha,
fica opaca, numa trilha.


Que faria se o tivesse?
Meu amado, minha prece,
tua falta, assim dói,
onde estás meu herói?


Tua face, minha sina,
que da minha vida faria,
se não mais te tocasse,
minha saudade matasse...


Não vejo a hora de tê-lo,
pelo menos, voltar a vê-lo,
teu amor, ainda dói...
onde estás meu herói...


Tua mente estás comigo,
esperá-lo, ainda consigo?
Meu coração assim fadigo,
que acontece comigo?


Tua história me deprime,
tua honra te traíste,
tua morte me corrói,
onde estás meu herói?



Anjo Guardião Branco
Inspirado na música e voz de Tarja Turunen.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

O Fadado Sentimendo do Ser





O Fadado Sentimento do Ser


Eis que mais uma vez, nos pegamos envoltos nos sentimentos.


Nos pegamos envolvidos em coisas surreais, em situações complexas, complicadas por nós. Mas, quando agimos, vemos que na verdade, aumentamos a intensidade deste caso, exagerando seu valor. Até onde os sentimentos nos completam?


Costumo dizer que nos completa em tudo. Seria como um “toque especial”, uma característica típica do ser humano, um algo que faz seu caráter. A personalidade é criada a partir do conhecimento que temos lidando com tais sentimentos. A sabedoria vem da experiência que temos lidando com tais sentimentos. A evolução é atingida quando passamos a entender, vivenciar e iluminar tais sentimentos. Então, entende-se que os sentimentos nos completam.


Mas sabemos que a Humanidade de hoje não gosta de sentimentos. Não gosta, por que os sentimentos não vêem protocolos, regras, leis, nem mesmo códigos. Como o ser humano é essencialmente racional (o que é ridículo ao meu ver), ele deve sempre colocar a “cabeça na frente do coração”, o que lhe causa dores na alma, dores profundas, que não são entendidas e causam um dos maiores males da humanidade, a Depressão. Esta história de ser humano essencialmente racional é pura propaganda enganosa, propaganda vendida pelos “ditadores do consumo”, seres que já se venderam para o mundo e querem ver outras pessoas caindo nos mesmos males. Conhece aquela história, “ Se eu cai, levarei muitos comigo”? Ela é bem real...


Então, eu questiono, até onde os sentimentos nos completam?


É normal o ser humano fazer uma confusão essencial; Confunde-se sentimentos com emoções.
Sentimentos são mais duradouros, mais profundos e essenciais, como o Amor, Lealdade, Dignidade. Já as emoções são mais momentâneas, mais racionais e supérfluas, como a paixão, interesse, moralidade descabida. Uma diferença essencial entre sentimentos e emoções é que os sentimentos, são duradouros ou até mesmo eternos, já as emoções são um algo do mundo, são voltados à aparência e situação, geralmente são finitos. Quando uma emoção torna-se pura, ela se eleva e chega a se transformar num sentimento. É típico das relações amorosas humanas, começar com uma mera paixão e se tornar uma sentimento puro, o Amor. Este assunto seria alvo de muitas outras reflexões.


A confusão, a falta de espiritualidade vivenciada, e até mesmo a falta de orientação adequada, faz com que o ser humano “patine” nas vivências mais importantes do seu ser. Pior ainda, é cair na racionalidade desmedida e pensar que sabe-se tudo sobre o todo. Digo que neste estado, o ser humano já deixou de “ser humano”, tornou-se maquina, escravo, zumbi. Privou-se dos sentimentos, pois tornou-se apenas racional.


Uma coisa tenho que esclarecer, tanto emoções quanto sentimentos são importantes. O racional também é importante, não há duvida, mas existe um exagero aqui. Como o yin/yang, o símbolo do equilíbrio, um cresce ao lado do outro, um completa o outro, ou seja, um não é maior que o outro e todos estão nos seus lugares. Mudar isso causa as confusões.


Digo, que os sentimentos são nosso elo de ligação com o Divino. Claro, como disse anteriormente, com sua medida. Neste pensamento então vamos filosofar, qual é a formula para esta felicidade?


A Harmonia.


Vivemos num mundo de ilusões, concordo. Um mundo onde a aparência é tudo, e o todo deve ser buscado com toda a força, as vezes numa força que o ser ainda não tem. Deve-se, então, encontrar o caminho do meio. Não podemos viver sem buscar a satisfação de nossas necessidades, acho que temos direito sim ao conforto, á abundância, á leveza do ser. Mas claro, com Equilíbrio. Também não podemos ficar sem nossa espiritualidade, nossa busca profunda, da Fé, da dignidade, do reencontro do si mesmo, mas também com Equilíbrio.


Então, voltando ao questionamento, até onde o sentimento nos completam?


Em tudo. Pois são eles que nos elevam á Casa do Pai. Pois são eles que nos permite refletirmos sobre nós mesmos. São eles que nos faz encontrar nossa dignidade quando o mundo nos afronta. Assim, somos impelidos á olhar para dentro, para nosso Coração. Vale a pena buscar.


Não apenas pense nisso.
Sinta isso.


Com Carinho Compartilho;


Anjo Guardião Branco.
P.S.: Coloquei a foto de um Ipê Amarelo, simplesmente por que estamos na época dele...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A Sabedoria do Bambu





A SABEDORIA DO BAMBU


Eis que uma vez, o jovem monge Takaurana viajava em seus pensamentos, meditava em busca das respostas, respostas estas nunca alcançadas em plenitude. Certa vez, estes questionamentos foram tantos, que o jovem monge resolveu pedir conselhos ao seu Mestre. Na sua mente, dilatava uma idéia de como conseguiria atingir a iluminação, se nem mesmo conseguia atingir a Paz Interior. Nos seus momentos consigo mesmo, quando sentava em posição de lótus e buscava a iluminação com Buda, tudo ia bem, até que pensamentos oriundos do mundo lhe tomava a mente. Não conseguindo mais restabelecer a calma, tinha que parar a meditação. Ficava profundamente frustrado, por não conseguir estabelecer um contado duradouro com os Reinos de Luz. Depois de contar ao Mestre o quê acontecia, envergonhado, ele sentou no chão, choroso. Sentia-se inútil pela sua fraqueza. O Mestre, na sua infinita Sabedoria, o contemplava com compaixão. Nutria por Takaurana um amor de pai, algo que transcendia qualquer materialidade. Deixou o jovem monge chorar, deixou ele limpar sua alma daquele peso. Depois, levantou-se de sua cadeira, caminhou até Takaurana e limpou suas lágrimas. Observou que o jovem monge já havia se acalmado e pediu para que ele o acompanhasse. Ambos andaram até o terraço do templo, onde uma tempestade se desenrolava. Uma forte rajada de vento vinha do Sul, praticamente era um tornado. O Mestre disse para Takaurana observar a mata que era atingida pelo forte vento. Lá havia uma arvore frondosa, altiva, bem enraizada no solo. Logo um pouco abaixo, havia uma plantação de bambu. A arvore, quase não sentia a passagem do vento, apenas suas folhas e galhos mais fracos balançavam ao sabor do vento. Já o bambu, mexia e remexia com os golpes que o vento impiedosamente lhe aplicava. Observando isso, Takaurana disse ao Mestre:


- Os Bambus serão destruídos, Mestre. Eles não tem capacidade de oferecer resistência ao vento, diferente da arvore que é forte e bem resistente.
- Que lição você tira disso, meu discípulo?
- Que eu devo ser como a arvore. Forte, rígido, firme no chão. E não como o bambu, que é mole e flexível.
- Observe novamente, jovem monge.


O Mestre apontou para um detalhe. Takaurana procurou observar, e pode ver que o vento tinha virado um tornado. Este sugava tudo ao seu redor. O bambu, mole e flexível, rendeu-se ao vento, chegando á tocar o chão. Já a arvore, que estava sempre firme, quando recebeu este golpe de vento, acabou por ceder depois de alguma luta e foi jogada no chão, derrotada. Quando o vento já tomava uma forma assustadora, o Mestre aconselhou ambos á entrarem. Takaurana obedeceu o Mestre, mesmo estando assustado com o ocorrido. Assim que a tempestade terminou, o Mestre convidou o jovem monge a ir até o terraço. Uma vez lá, pediu para Takaurana observar a mata. Daí o jovem monge teve um susto. A arvore não estava mais lá! E o bambu, embora deitado e um pouco retorcido, ainda estava lá. Takaurana virou para o mestre, espantado pelo ocorrido, e antes dele falar algo, o Mestre o adiantou:


- A Arvore é você, o Vento, seus pensamentos. Se você for rígido e firme, uma hora cairá derrotado. Mas, se você for o bambu e souber ser mole e flexível, conseguirá vencer os pensamentos.


E o Mestre continuou:


- Desenvolva a Sabedoria do Bambu. Não ofereça resistência. Simplesmente permita que sua Mente divague. Chegará uma hora em que ela se cansará e neste momento, é você quem será vitorioso. Nada vence a Sabedoria do bambu, que é a constância, dedicação e a flexibilidade.


Depois deste ensinamento, Takaurana agradeceu ao Mestre e voltou ao seu quarto. Lá pôs o mais perfumado incenso, acendeu a mais bela vela, e pôs-se a meditar. Deste dia em diante, conseguir meditar todas as vezes, dando atenção aos pensamentos, mas não perdendo a direção da sua meditação.


“ Se permitimos que passem por nós, sem oferecermos resistência, mas não perdendo nosso objetivo, poderemos vencer sempre, pois nossa dedicação é ouro, a constância é prata e a flexibilidade é jade. Não permita que o atinjam, mas também não ofereça resistência, apenas desvie, e se sua dedicação for maior, vencerá pelo cansaço. Esta é a Sabedoria do Bambu.”


Com Carinho Compartilho;

Anjo Guardião Branco

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Código de Ética dos Índios Norte Americanos

Aproveitando o grande movimento que tivemos com a publicação de " O Xamã ", publico aqui um e-mail que recebi de uma amiga, com o Código de Ética dos Índios Americanos. Diziam no passado que este povo era selvagem, atrasado e que nem como pessoas poderiam ser considerados. Hoje isso mudou, pois em muitas correntes de pensadores, percebemos que na verdade, eles estão mais adiantados que nós, pelo menos moralmente, devido à suas ações em relação para com seus irmãos. O objetivo dessa publicação é trazer algo prático sobre o caminho do Xamã e tbm trazer um código de Conduta prático, ético e evoluído, com conceitos bastante praticáveis se forem vivenciados com vontade, podem trazer benefícios à médio prazo para uma pequena comunidade. É uma pena que eu tenha perdido a autoria deste código, mas caso algum leitor o saiba, favor me informar. Segue o código:

CÓDIGO DE ÉTICA DOS ÍNDIOS NORTE AMERICANOS

1. Levante com o Sol para orar. Ore sozinho. Ore com freqüência. O Grande Espírito o escutará, se você ao menos falar.

2. Seja tolerante com aqueles que estão perdidos no caminho. A ignorância, o convencimento, a raiva, o ciúme e a avareza, originam-se de uma alma perdida. Ore para que eles encontrem o caminho do Grande Espírito.

3. Procure conhecer-se por si mesmo. Não permita que outros façam seu caminho por você. É sua estrada e somente sua. Outros podem andar ao seu lado, mas ninguém pode andar por você.

4. Trate os convidados em seu lar com muita consideração. Sirva-os o melhor alimento, a melhor cama e trate-os com respeito e honra.

5. Não tome o que não é seu. Seja de uma pessoa, da comunidade, da natureza, ou da cultura. Se não lhe foi dado, não é seu.

6. Respeite todas as coisas que foram colocadas sobre a Terra. Sejam elas pessoas, plantas ou animais.

7. Respeite os pensamentos, desejos e palavras das pessoas. Nunca interrompa os outros nem ridicularize, nem rudemente os imite. Permita a cada pessoa o direito da expressão pessoal.

8. Nunca fale dos outros de uma maneira má. A energia negativa que você colocar para fora no universo voltará multiplicada a você.

9. Todas as pessoas cometem erros. E todos os erros podem ser perdoados.

10. Pensamentos maus causam doenças da mente, do corpo e do espírito. Pratique o otimismo.

11. A natureza não é para nós, ela é uma parte de nós. Toda a natureza faz parte da nossa família Terrenal.

12. As crianças são as sementes do nosso futuro. Plante amor nos seus corações e ágüe com sabedoria e lições da vida. Quando forem crescidos, dê-lhes espaço para que cresçam.

13. Evite machucar os corações das pessoas. O veneno da dor causada a outros, retornará a você.

14. Seja sincero e verdadeiro em todas as situações. A honestidade é o grande teste para a nossa herança do universo.

15. Mantenha-se equilibrado. Seu corpo Espiritual, seu corpo Mental, seu corpo Emocional, e seu corpo Físico; todos necessitam ser fortes, puros e saudáveis. Trabalhe o seu corpo Físico para fortalecer o seu corpo Mental. Enriqueça o seu corpo Espiritual para curar o seu corpo Emocional.

16. Tome decisões conscientes de como você será e como reagirá. Seja responsável por suas próprias ações.

17. Respeite a privacidade e o espaço pessoal dos outros. Não toque as propriedades pessoais de outras pessoas, especialmente objetos religiosos e sagrados. Isto é proibido.

18. Comece sendo verdadeiro consigo mesmo. Se você não puder nutrir e ajudar a si mesmo, você não poderá nutrir e ajudar os outros.

19. Respeite outras crenças religiosas. Não force suas crenças sobre os outros.

20. Compartilhe sua boa fortuna com os outros. Participe com caridade.

CONSELHO INDÍGENA INTER-TRIBAL NORTE AMERICANO
Deste conselho participam as tribos : Cherokee Blackfoot, Cherokee Lumbee Tribe, Comanche, Mohawk, Willow Cree, Plains Cree, Tuscarora, Sicangu Lakota Sioux, Crow (Montana), Northern Cheyenne (Montana).


Luz e Paz a todos os seres que desejam a Harmonia. Amor e Honra a todos os seres que vivenciar de verdade esta ética.
Paz em todo o Universo.
Com carinho compartilho;
Anjo Guardião Branco.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Poesia - Templo de Rosas





Templo de Rosas


No momento mais digno do meu ser,
sentia o cheiro de rosas trazida pelo vento,
uma esperança que renascia, que voltava,
à casa do meu coração.


Neste templo, onde tudo aconteceu,
recebi minha oferenda,
de bravos deuses,
por méritos que conquistei.


Méritos, para o mundo, sem valor,
valorizados apenas por dignos,
aqueles que têm o conhecimento,
que não são limitados por este.


Mas, o que são méritos,
para estes amados?
São conquistas sobre a carne,
da cerne humana.


São conquistas sem morte,
sem guerras humanas inúteis,
pelo contrário, são de evitá-las,
fazer inimigos dar-se as mãos.


Sem nenhuma intenção de orgulho,
estes seres humildes, desprendidos,
são despidos da inveja humana,
são desatados com a materialidade.


Por isso nesse mundo, eles não vem,
mandam seus agentes, bem-amados,
que com reverência descem ao mundo,
em forma de anjos, de servos.


Aqueles que têm imponência,
tocados pela divina presença,
protegidos pelos anjos,
amados pelos mestres.


Eu vivia na escuridão,
não sabia da minha natureza,
nem sequer seguia,
esta tão gloriosa missão.


Agora eu voltava à este patamar,
reuni todas minhas velhas forças,
aprendi de novo à ama-las,
voltei a ser meu verdadeiro ser.


Neste cheiro de rosas,
onde mais nada importava,
reconheci meu talento,
de entidade divina.


Neste belo Templo,
onde mais nada importava,
voltei a ser eu,
meu coração alegrara.


Onde estou agora,
local iluminado por Deus,
reencontrei meu caminho,
que foi perdido neste mundo vazio.


Agora em meu pleno ser,
voltarei a seguir pela Luz,
onde minha vida se reencontrou,
com a vontade de viver.


Anjo Guardião Branco

terça-feira, 29 de julho de 2008

O XAMÃ




O XAMÃ


Num instante em meu pensamento, percebi que estava numa floresta, da minha infância, onde meus risos inocentes ainda ecoava. Olhava para o ipê, tão avivado nas minhas brincadeiras marotas, via tudo que mais desejo da vida, felicidade, paz, harmonia, busca. Uma mistura de mistério e conhecimento inundava minha mente, quando tocava suas belas flores, em seus galhos, que tanto subia na meninisse. Quando mais notei, pude olhar para a frente, e ver um senhor idoso, com aquele olhar todo especial que só mesmo um sábio têm. Tinha suas vestes, roupas simples, com peles de animais e muitas penas coloridas; seus cabelos bem longos, não escondiam a marca da idade em seu rosto, mas nenhuma ruga; era um índio, um velho índio. Fez uma mensão com a mão, num gesto de carinho, me chamou para perto dele. Como que dominado por uma magia, fiquei espantado, com o cordial chamado, pois bem sei que estes nobres senhores são bastante reclusos. Minha timidez bateu, mas buscava não ouvi-la e logo pude perceber, era meu ego que me atrapalhava. Quando cheguei perto daquela figura, pegou na minha mão, como um neto, e começou a me levar para floresta adentro. Andamos por bastante tempo na mata, a todo momento, ele via uma flor ou planta, fazia um gesto para eu sentir seu perfume ou tocá-la, sentir na natureza, a leveza da grama, a doçura da fruta, a largura das árvores, a sabedoria do cipó, o conhecimento da formiga. A felicidade me tocou, “vovô” me ensinava sua visão da natureza, sua casa, onde provavelmente ele passou toda a vida. Num certo momento, ele apontou para uma trilha na mata, que subia uma suave colina, cheia de unhas-de-gato e cipós trançados, toda fechada por uma mata espessa, escura, com marcas de não ter sido utilizada por muito tempo. Aquele lugar me lembrava tudo de ruim, desarmonia, feiúra, ameaça. Vovô, num gesto de compaixão, tocou minha cabeça, afagando meus cabelos, finalmente falou:

- Não se assuste, meu filho. Seu protetor estará sempre com você.

Quando eu ia fazer aquelas perguntas inúteis, como “você fala”, “sabe minha língua”, ele tocou meu lábio, num gesto carinhoso de “não perca seu tempo” e fez novamente um gesto para que eu seguisse por aquela trilha. Juntei toda a coragem que dispunha, apertei bem as mãos, engoli seco, mas entrei. Subia aquela trilha limbosa, sempre olhando para trás, via vovô no começo, me observando, sorrindo num ar de confiança. Resolvi imitá-lo: Se ele me pediu para subir é por que ele acredita em mim. Vou confiar. O caminho foi ficando cada vez mais íngreme, com muita pedras escorregadias, tendo que me abaixar para poder continuar subindo, apoiado nos cipós que desciam colina abaixo. Cheguei num local um pouco mais plano, menos escuro, onde eu pude descansar um pouco. Admirava as árvores, seus frutos, quando notei que uma cobra estava bem perto de mim, nos meus pés, arrastando-se pela mata, deslizando rapidamente. Subiu no meu pé e eu estaquei de medo, fechei os olhos esperando o bote, rezando para que não fosse picado. Um milhão de coisas passou pela minha cabeça, e não sentindo nada, resolvi dar uma olhada nos pés, e notei que nem mesmo a cobra estava lá. Ela só queria passagem. Suspirei aliviado, soltei os nervos e me sentei um pouco. Meti a cabeça entre as pernas, para refletir um pouco. O que era aquilo? Por que estou aqui? Que vovô espera de mim? Que encontrarei lá em cima? Seguia mais pensamentos na minha mente, quando pude ouvir a voz de vovô novamente:

- Não pense. Sinta.

Olhei para trás esperando ver vovô, mas ele não estava lá. Um enorme medo me bateu. Pensei em fugir, mas algo me impulsionava, dentro de mim, para seguir meu caminho, mesmo tendo este medo como meu maior obstáculo. Levantei e não pude deixar de chorar. Sentia-me como uma criança que não conseguia encontrar seus pais, presa num quarto escuro. Não, eu tenho que continuar, pensei. Enxuguei as lágrimas e dei um passo na direção da trilha, devagar, dei outro, com os olhos fechados, os abri, vi que não mais tinha medo, uma confiança interior me tomava, meus passos se aceleraram, logo eu andava normalmente na mata.

- Isso meu filho, isso.

Não via vovô, mas o sentia no meu coração.
Já andava a bastante tempo, não tinha noção de horas, mas sentia meus músculos reclamarem. Numa nova planície se apresentou, já bem alto naquela colina. Meus pés agradeceram, já não mais aguentavam subidas íngremes limbosas. Minha felicidade logo passou, percebi que existia mais de uma trilha, seis trilhas, uma em cada direção. Novamente a angústia me tomou, um medo terrível de me perder na mata veio. Me perguntava “ E agora”, “ Que farei”, então senti vovô no meu coração, sua voz me tocou:

- Observe. Você não está sozinho.

Comecei a buscar freneticamente por alguém naquele mata, mas só achei uma coruja. Decepcionado, disse em voz alta:

- Mas vovô, aqui só tem uma coruja...
- Só um coruja? - ouvi na mente – Então você esta bem guardado...

Olhei para aquele animal, que me observava fortemente de uma árvore alta, notei que ele me olhava curiosamente, como se pudesse falar comigo. Não era uma coruja comum, pelo menos não parecia. Cheguei perto dela, em baixo do galho onde ela estava. Fiquei olhando para ela, naqueles olhos grandes e curiosos, mas logo me voltei para meu problema. Onde está o caminho certo?

- Quem não sabe, pergunta.

Perguntar? Para um animal? Isso soava ridículo. Minha razão estranhou, dizia que eu estava ficando louco, mas meu coração dava sinais de alerta. Sentir, não pensar. Criei coragem e perguntei:

- Coruja, por favor, qual é o caminho que eu devo seguir?

O animal esticou-se um pouco, fez um movimento para trás e saltou, abrindo suas asas no ar, batendo-as e planando, até pousar no galho de uma árvore ao lado de uma trilha. Com a cabeça, mexeu o bico em direção àquele caminho. Este era o certo. Meu coração saltou de alegria, tudo o que me foi ensinado sobre os animais estava errado, meu coração estava certo. Corri até a direção da coruja e agradeci:

- Obrigado, nobre coruja.

Ela piscou os olhos, e soltou um longo piu, como se tivesse respondido minha pergunta.
Segui alegremente este novo caminho, notando que cada vez que subia mais, maior era minha alegria, a beleza da mata então, maravilhosa. Já não era tão íngreme esta subida, quase plaina na verdade, mas ainda um tanto escorregadia. Percebi que cada vez era menor o numero de árvores, a medida que eu chegava ao cume. Talvez lá em cima seja um gramado, com árvores baixas e mata rasteiras, pensei. Agora o caminho nivelou novamente, mas agora com uma clareira. Pude ver que era noite, as estrelas brilhavam sem parar, uma infinidade, até mesmo as constelações mais conhecidas eram facilmente identificadas. Distraído, não percebi que não estava sozinho. Dessa vez, não era um animal, mas um homem.

- Ora, que você faz aqui? - Disse o homem.
- Quem é?

Um rapaz bem vestido, com vários anéis e colares dourados se apresentou na minha frente. Ele estava na sombra de um árvore, não via seu rosto, mas ele usava terno, gravata, levava consigo uma pasta e um livro na sua mão, com um terço. Ele deu um passo a frente, e quando vi seu rosto dei um grito, era eu mesmo. “Como é possível?”, pensei.

- Vim te avisar sobre você.
- Sobre mim?
- Isso. Quero lhe trazer novamente para o caminho da verdade.
- Mas como você veio parar aqui?
- Um filho de Deus pode tudo. Estou com a palavra.

Quando disse isso, pegou o livro com as duas mãos e me mostrou, a Bíblia. Notei um ar de sarcasmo em suas palavras. Ele parecia um homem tomado, fanático, uma ameaça. Ele tirou da bíblia um terço, todo rendado e bem rico. Tinha uma cruz toda dourada, trabalhada com prata no ouro. Era brilhante.

- Venha comigo. Vou te mostrar a lei de Deus
- Não. Eu preciso chegar até o topo.
- Pra quê? - gritou – Para se encontrar com aquele filho do diabo?
- Não chame o vovô de diabo!
- Vejo que você também é um. Vou purificar sua alma. Pelo fogo!!!
- Nunca. Seu falso.

Ele pegou o terço e num gesto, o transformou num chicote. Me assustei e pensei em em fugir, mas meu coração dizia para eu ficar. Ele bateu com o chicote no ar, e fez um barulho terrível. Eu procurava algo para me defender, mas nem mesmo um galho no chão eu encontrava. Ela ria muito, com os olhos vermelhos e esbugalhados, com uma feição assassina. Ela não era um mensageiro de Deus, mas sim um ser disfarçado. Ele começou a avançar em minha direção, e eu pronto para fugir ouvi um barulho na mata, virei na direção e vi um Lobo-Guará sair de uma moita. Ele era de uma aparência meiga, com pêlo marrom-claro, no rosto creme e branco. Um lobo muito bonito. Este animal passou por mim e se prostou na minha frente. Sentou no chão entre mim e o homem louco. Ele, olhando para o lobo disse:

- Saia da minha frente, ser do demônio. Eu vim purificá-lo.

O lobo nem se mexeu. Aquele homem andou em sua direção e preparou um golpe. Rindo alto e babando, o homem desferiu um golpe, que foi rapidamente detido pelo lobo, que o atingiu uma mordida na perna, fazendo com que ele soltasse o chicote. Ele gritou de dor, mas o lobo não mordeu fundo, apenas o feriu na perna. Ele soltou também a bíblia, e assim que se viu livre do lobo, correu em direção da mata. Sumiu. O lobo se virou para mim, e me fez uma reverência. Eu, mesmo estranhado por este gesto, respondi da mesma forma. O animal pegou a bíblia com a boca e me entregou. Quando eu olhava para a bíblia, ele deu um latido agudo, e começou a andar na mata. Não sei bem o motivo, mas resolvi segui-lo. Andei mais um pouco, agora bastante íngreme, segui o lobo até onde eu pude, mas logo ele desapareceu. Quando notei isso, parei no meio da caminho e comecei a pensar. “Pra onde estou indo?”, “Que farei nesta mata fechada?”. Sentei na mata e fiquei em silêncio um pouco. Quando quase adormeci, quando ouvi o crepitar de uma fogueira. “Uma fogueira, aqui?” pensei. Comecei a sentir o cheiro do fogo, e seguindo o cheiro da fumaça, atravessei uma parede de musgo e unha-de-gato e pude verificar eu estava no cume. Era todo gramado, perto de um precipício, de onde eu podia ver toda a terra tomada pela mata. Era um lugar mágico. Bem no meio, havia uma fogueira, onde via duas formas sentadas em volta dela. Um, eu podia perceber que era o Lobo-Guará, que me ajudou a pouco, e outro uma forma humana, que fustigava o fogo com um galho. Me aproximei emocionado, pois logo confirmaria minha suspeitas desde o princípio, era o vovô.

- Venha se sentar conosco, meu filho.

Sua voz era confortante. Me adiantei para chegar logo na fogueira, e um lugar reservado para mim, ao lado de vovô, estava pronto, com um prato de barro com comida e um chifre, com bebida. Antes de me sentar, abracei vovô, já sentia sua falta, e ele me correspondeu carinhosamente. Limpou minhas lágrimas e disse num tom de voz que mais parecia um mantra:

- Não chore. Seu teste já acabou. Agora, vamos desfrutar de sua conquista.

Eu fiz o que ele me disse, sentei na frente do prato e comecei a comer. Era uma preparado de mandioca com milho, e um pouco de verduras. A bebida era vinho, o melhor que já tomei, com sabor de ervas. Assim que comi e bebi demoradamente, saboreando tudo, meu vovô me esperava com calma e alegria, cantando musicas de sua gente, num tom que parecia que o lobo acompanhava com uivos. Vovô acabou de cantar, fez uma reverência e virou para mim.

- Você foi testado. Não se conhece uma pessoa até que se testa ela.
- Eu fui aprovado?
- Sim. Se não tivesse passado, o Lobo não teria ido em seu auxílio.
- Quer dizer que eu teria sido castigado por aquele homem?
- Talvez...
- Vovô, para que o senhor me trouxe aqui?
- Estava na hora de você aprender sobre seu poder.
- Que poder?
- O poder da sua alma. Ou você acha que você é uma alma finita, separada de Deus como aquele homem louco acredita?
- Não, eu acredito que ela seja infinita.
- Que bom...
- Mas vovô, tenho perguntas...
- Você terá que encontrar as respostas sozinho...
- Como? O Senhor vai me abandonar?

Depois de eu ter perguntado isso, vovô se levantou, pegou algumas sacolas que ele tinha deixado no chão, chamou o lobo e disse:

- Nunca te abandonarei. Seu xamã, o lobo, sempre te protegerá, juntamente com seu Anjo da Guarda.
- Mas, como vou encontrar as respostas?
- Você será guiado para elas...
- Mas, por que devo procura-los?
- Concentre na sua pergunta e abra a bíblia.

Fiz isso, e quando abri, estava no evangelho de João 8:32 “conhecereis a verdade, e ela vos libertarás”. “Então este é o segredo”, pensei.

. . .

Este texto foi inspirado num sonho de Anjo, o qual ele sonhou com este xamã. Os detalhes deste sonho são parecidos com esta história. O objetivo dela, é estimular a busca pela verdade, quando nossos corações assim os deseja. Ouça sempre seu coração, ele é tua ligação direta com Deus.
Com Carinho Compartilho;
Anjo Guardião Branco.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

E mais uma vez, o Monge encontra seu caminho...



E mais uma vez, o Monge encontra seu caminho...


Nas nebulosas estradas da vida, temos a sensação de estarmos seguros, privados de toda forma de ataque e confusão. O monge sabe que isso é uma ilusão...


Até mesmo ele, tendo sua vida voltada aos estudos de sua filosofia, se encontra em determinados momentos envolto no caos planetário. Noticiários de Guerra, morte de crianças, facções criminosas que dominam os presídios, polícia corrupta, políticos ainda mais corruptos, etc.


Isso desperta a tristeza no monge, pois ele sabe que a história de um humano é a história da humanidade.


É nessa hora que ele exerce a Retidão.


Ele utiliza as palavras do Buda: “ No meio da guerra, é possível encontrar a paz, se você souber olhar para dentro”.


Então, mais uma vez, o Monge encontra seu caminho, olhando para dentro do seu coração, encontrando lá a Paz que o anima.


“Se queres mudar o mundo, mude primeiro o teu mundo.” Este é o lema do Monge.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Algumas Frases que tocam a Alma




“ O objetivo da guerra é a paz. ” (Sun Tzu)



“ Daí a César, o que é de César” (Jesus Cristo)



“ Os poderosos podem destruir uma, duas e até três rosas, mas não podem deter a primavera.” (Che Guevara)



“ Para cada Guerreiro, uma espada e um escudo, uma bandeira e uma pátria, um dever e uma honra.” (Anjo)



“ Ler é melhor que estudar.” (Ziraldo)



“ Vale mais morrer por um sonho, do quê deixa-lo morrer, sem tê-lo aproveitado.” (Dito Popular)



“Se andamos, é por que desafiamos a gravidade, se saltamos, é por que desafiamos os pássaros, se lutamos é por que confiamos em nós mesmos e se vencemos é por que fomos dignos do combate“ (Anjo)



“ Reconhecer a vida a cada respiração, a cada xícara de chá, a cada vida que tiramos. Este é o caminho do guerreiro” (Bushidô)



“ Amar é viver, viver é ensinar, ensinar é cultivar, cultivar é colher, colher é buscar, buscar é arriscar, arriscar é errar, errar é tentar, tentar é modificar, modificar é aprender, aprender é aperfeiçoar-se, aperfeiçoar-se é encontrar, encontrar é amar.” (Anjo)



“ É tão ridículo dizer que um homem precisa de varias mulheres, quanto dizer que um violinista precisa de vários violinos para fazer um concerto.” (Vinícius de Moraes)



“ Vale mais um pé ligeiro, do que um braço forte” (Ditado Élfico)



“Na casa dos Deuses, um humano que se chega é semi-deus” (Anjo)



“ Existência Humana, um Tom Divino numa essência compartilhada de Luz, transformada em Carne através do útero da Mãe Terra.” (Anjo)



“ Se você conhece a si mesmo e a seu inimigo, não devera temer o resultado de cem batalhas, se você conhece a si mesmo mas não ao seu inimigo, para cada vitória sofrera uma derrota, mas se você não conhece a si mesmo e nem ao seu inimigo perderá todas as batalhas. “ (Sun Tzu)



"Se um dia eu partir, que leve comigo a certeza de que deixei uma vida nova no meu lugar" (Anjo)


"Eis que nos momentos mais perenes, o Amor se revela como algo resoluto." (Anjo)



" Se sua cara cai, é para sentir a dureza do chão". (Anjo)


terça-feira, 8 de abril de 2008

Filosofia de Vida




Pois bem. Filosofia de Vida é uma palavra comum hoje em dia, que define o modo de pensar de uma pessoa, como vê a vida, espiritualidade, enfim, tudo o que a pessoa sente, pensa, percebe e cresce. Eis que é um ponto importante a Filosofia de Vida de cada pessoa, tal que, infelizmente, é desprezado pela maioria, até mesmo por profissionais da saúde mental. Isso acontece pelo fato de todos desprezarem seu significado; A profundeza do Coração de cada um. Há ainda um ponto mais interessante, A Filosofia de Vida está substituindo as Religiões, pois sabemos que parte significativa das pessoas não toleram mais ficarem ouvindo um sacerdote falar e dizer amém á tudo. As pessoas querem entender o que o sacerdote diz, querem viver este ensinamento, sentir nos seus corações e o mais importante, verificar o quanto isso pesa nas suas vidas. Ou seja, as pessoas estão ficando mais verdadeiras consigo mesmas, não mais doutrinadas à acreditar em dogmas sem questionar; Estas pessoas estão despertando para seu verdadeiro livre-arbítrio, que nos foi dado pelo próprio Deus, não mais permitindo que alguém lhes tirem sua liberdade, aceitando apenas que alguém verdadeiramente seguidor de seus ensinamentos os ensine. Foi assim com Jesus. Foi assim com Buddha. E foi assim com vários seres iluminados e grandes. Ninguém obrigou os apóstulos a seguirem Jesus, eles o fizeram de bom grado. E sabe o motivo? Admiração. Respeito. Não o fizeram simplesmente por que “senão o fizessem irão para o Inferno”. Ainda bem que a Filosofia de Vida está permitindo que as pessoas se libertem disso, pois percebemos que algumas religiões falam mais do Inferno do que de Deus...


A Filosofia de Vida ganho um novo peso nas nossas vidas, não no sentido de Condescendência, mas sim de Liberdade, o que envolve algumas responsabilidades com coisas óbvias, como por exemplo, cuidar melhor do nosso planeta, o protegendo com atos pequenos, reciclando o lixo, fechando a torneira, etc. Esta Filosofia, algo que permite que cada um tenha a sua, é a chave para o crescimento ético, espiritual, moral e mental para cada pessoa, pois permite que sejamos diferentes, tenhamos pensamentos diferentes e experiências diversas. A Palavra aqui é aprender com o próprio erro, não mais simplesmente aceitar o conselho de alguém que acha o que é melhor para você. Não devemos exagerar, e achar que ninguém é mais sábio do que cada um. Isso não é verdade. Existe sim pessoas bem mais sábias que nós, e estão dispostas a nos ensinar. Isso é uma glória, uma Honra, um Dharma. Uma coisa é viver nos é ensinado, ou coisa é não permitir ser ensinado. Cuidado com estas comparações, pois neste caso a Liberdade estará virando algo corrupto, ou seja, Condescendência. Tomem cuidado, pois o livre-arbítrio nos permite escolher o que quisermos nas nossas vidas, mas responderemos pelos nosso atos, através do Verdadeiro Justo.


Então, a Filosofia de Vida deve ser algo engrandecedor, não pertubador ou corruptor, pois nossa consciência não esquecerá de nos lembrar na hora do julgamento de nós mesmos. Por isso, faça da Filosofia de vida algo grande, belo, sábio e verdadeiro, não use para fins malévolos, pois assim a pureza deste assunto será destruído. Ética é a palavra aqui.
Caro(a) Leitor(a), você já parou para pensar em que acredita de fato? Qual é sua filosofia de vida? Como é o seu ser? Discussões importantes, que deveriam ser feito o tempo todo.
Com responsabilidade, bons conselhos e boas vivências, chegaremos à Evolução da Humanidade, onde ela voltará a se “Humanizar”.


Luz e Paz, Amor e Honra.


Anjo Guardião Branco.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Uma poesia - Em Paz



Em Paz



Paz, talvez o mais nobre sentimento humano,
quem sabe, algo tocável,
de vontade própria?


Quem sabe um ser de poderes angélicos,
que voa por aí, como um cupido,
que com suas flechas, inspira a Paz?


Ou será uma pessoa, aquela da multidão,
que com seu disfarce inspira seus irmãos,
a se amarem cada vez mais...


Ou se não, um ser do espaço,
que com sua nave espacial,
emite raios de Paz em toda humanidade.


Afinal, quem é a Paz?


Uma pessoa? Um ser superior?


Imagina, os céticos diriam
um ser abstrato, pois não se toca.


Pobre deles, pois não conhecem o Amor.


Será que a Paz não é alguém,
mas sim algo ou alguma coisa?


Um símbolo? Um Graal?


Ora, mas têm aqueles,
que não dão valor para um símbolo...


Então a Paz é ignorada?


Pode ser, pois capacidade todos têm,
mas ninguém efetua com firmeza
esta promessa de Paz.


Então, eu gostaria de revelar
que a Paz é um vírus.


Se espantou? Ficou com medo?


Seria bom se ficasse,
se você não acredita nele.


É um vírus contagioso,
que ataca no coração,
e depois se espalha para todo o corpo.


E uma vez contagiado,
não há cura conhecida,
nem mesmo os mais poderosos remédios
podem com ele.


Veja os sintomas:


Vontade incontrolável de abraçar alguém;
Loucura perante o mundo;
Movimentos involuntários de compaixão;
Febre por ver as guerras acabarem;
Infecção na região do orgulho;
Morte lenta do Ego;
Paralisia na região do cérebro que trata da Cobiça;
Morte geral da maldade.


Ah, que vírus bom este...


Quero me infectar a toda hora,
que eu tiver vontade de brigar.


Mas qual o princípio do vírus?


Começa em nossos corações,
e termina no coração
dos nossos inimigos.


Anjo Guardião Branco

quarta-feira, 12 de março de 2008

Sua Santidade, O Dalai Lama



Uma Biografia


Tenzin Gyatso, Sua Santidade o 14º Dalai Lama, é ao mesmo tempo líder temporal e espiritual do povo tibetano.
Nasceu em 6 de julho de 1935, numa família de camponeses da pequena vila de Taktser, na provincia de Amdo, situada no nordeste do Tibet.
Seu nome era Lhamo Dhondup até o momento em que, com dois anos de idade, Sua Santidade foi reconhecido como sendo a reencarnação de seu predecessor, o 13º Dalai Lama, Thubten Gyatso. Os Dalai Lamas são tidos como manifestações de Avalokiteshvara ou Chenrezig, o Bodhisattva da Compaixão e patrono do Tibet.
Um Bodhisattva é um ser iluminado que adiou sua entrada no nirvana e escolheu renascer para servir à humanidade.

Educação no Tibet

Sua Santidade o Dalai Lama começou sua educação monástica aos seis anos. O currículo consistia de cinco disciplinas maiores e cinco menores. As maiores são: lógica, arte e cultura tibetana, sânscrito, medicina e filosofia budista — e esta por sua vez se compõe de outras cinco categorias: Prajnaparamita, a perfeição da sabedoria; Madhyamika, a filosofia do Caminho do Meio; Vinaya, o cânone da disciplina monástica; Abhidharma, metafísica; e Pramana, lógica e epistemologia. As disciplinas menores são: poesia, música e teatro, astrologia, gramática e sinônimos. Aos 23 anos, fez seu exame final no Templo de Jokhang, em Lhasa, durante o o Festival Anual de Orações Mönlam. Foi aprovado com honras e recebeu o grau de Geshe Lharampa (título máximo, equivalente a um Doutorado em Filosofia 1ista). Em complemento a esses temas budistas, estudou inglês, ciências, geografia e matemática.

Responsabilidades de Líder

Em 1950, com 15 anos de idade, Sua Santidade foi solicitado a assumir a completa responsabilidade política como chefe de estado e de governo, após a invasão chinesa do Tibet. Em 1954, foi a Beijing para tratativas de paz com Mao Tsetung e outros lideres chineses, como Chou En-Lai e Deng Xiaoping. Em 1956, durante visita à Índia para participar das festividades do aniversário de 2500 anos de Buda, esteve presente em uma série de reuniões com Nehru, o Primeiro Ministro Indiano, e o Premiê Chou, sobre a situação do Tibet que se deteriorava rapidamente.
Seus esforços para alcançar uma solução pacífica para o problema sino-tibetano foram frustrados pelas atrocidades da política chinesa, no leste do Tibet, dando origem a um levante popular. Esse movimento de resistência espalhou-se por outras partes do País, e em 10 de Março de 1959, Lhasa, a capital do Tibet, explodiu em um grande levante. As manifestações da resistência tibetana exigiam que a China deixasse o Tibet, reafirmando a sua independência.
Quando a situação se tornou insustentável, pediu-se ao Dalai Lama que saísse do país para continuar no exílio a luta pela libertação. Sua Santidade seguiu para a Índia, que lhe concedeu asilo político, acompanhado de outros oitenta mil refugiados tibetanos. Hoje há mais de 120.000 tibetanos vivendo como refugiados na Índia, Nepal, Butão e no Ocidente. Desde 1960, Sua Santidade reside em Dharamsala, uma pequena cidade no norte da Índia, apropriadamente conhecida como "Pequena Lhasa", por sediar a sede do governo tibetano no exílio.
Desde a invasão chinesa, Sua Santidade apresentou vários recursos às Nações Unidas sobre a questão tibetana. A Assembléia Geral adotou três resoluções sobre o Tibet, em 1959, 1961 e 1965.

Processo de Democratização

Com o estabelecimento do Governo Tibetano no Exílio, Sua Santidade percebeu que a tarefa mais imediata e urgente era lutar pela preservação da cultura tibetana. Fundou 53 assentamentos agrícolas de larga escala para acolher os refugiados; idealizou um sistema educacional tibetano autônomo (existem hoje mais de 80 escolas tibetanas na Índia e Nepal) para oferecer às crianças refugiadas tibetanas pleno conhecimento de sua língua, história, religião e cultura. Em 1959 criou o Instituto Tibetano de Artes Dramáticas; o Instituto Central de Altos Estudos Tibetanos se transformou em uma universidade para os tibetanos na Índia. Sua Santidade inaugurou vários institutos culturais com o propósito de preservar as artes e ciências tibetanas, e ajudou a restabelecer mais de 200 monastérios para preservar a vasta obra de ensinamentos do budismo, a essência do espírito tibetano.
Pelo lado da política, em 1963 Sua Santidade apresentou o esboço de uma constituição democrática para o Tibet, baseada nos princípios budistas e na Declaração Universal dos Direitos Humanos. A nova constituição democrática promulgada como resultado desta reforma foi denominada "Carta dos Tibetanos no Exílio". Essa carta defende a liberdade de expressão, crença, reunião e movimento. Oferece também detalhadas linhas de ação para o funcionamento do governo tibetano no que diz respeito aos que vivem no exílio.
Em 1992, Sua Santidade publicou linhas diretrizes para a constituição de um futuro Tibet livre. Anunciou que o a primeira e imediata tarefa do Tibet libertado será estabelecer um governo interino com a principal responsabilidade de eleger uma Assembléia Constituinte, para criar e implantar uma constituição democrática tibetana. Nesse dia, Sua Santidade transferirá toda a sua autoridade política e histórica para o Presidente interino, passando a viver como um cidadão comum. Ele também afirmou esperar que o Tibet, incluindo suas tradicionais três províncias (U-Tsang, Amdo e Kham), seja federativo e democrático.
Em maio de 1990, as reformas propostas por Sua Santidade deram ensejo à realização de uma administração verdadeiramente democrática para a comunidade tibetana no exílio. O Gabinete tibetano (Kashag), que até então sempre fora indicado por Sua Santidade, foi dissolvido, juntamente com a Décima Assembléia de Deputados do Povo Tibetano (o Parlamento tibetano no exílio). Nesse mesmo ano, tibetanos exilados no subcontinente indiano e em mais de 33 outros países elegeram 46 membros da ampliada 11ª Assembléia Tibetana, numa votação direta. A Assembléia, por sua vez, elegeu os novos membros do Gabinete. Em setembro de 2001, um passo ainda maior para a democratização foi dado quando o eleitorado tibetano elegeu diretamente o Kalon Tripa, ministério-mor do Gabinete, que por sua vez indicou seu próprio Gabinete, a ser aprovado pela Assembléia Tibetana. Na longa história do Tibet, essa foi a primeira vez que o povo elegeu seus líderes políticos.

Iniciativas pela paz

Em setembro de 1987, Sua Santidade propôs o Plano de Paz de Cinco Pontos para o Tibet, como um primeiro passo na direção de uma solução pacífica para a situação que rapidamente se deteriorava no país. Em sua visão, o Tibet se tornaria um santuário, uma zona de paz no coração da Ásia, em que todos os seres sencientes poderiam viver em harmonia, com o delicado equilíbrio ambiental preservado. A China, até o momento, não respondeu positivamente às várias propostas de paz criadas por Sua Santidade.

O Plano de Cinco Pontos

Em seu discurso aos membros do Congresso Americano em Washington, D.C., realizado em 21 de setembro de 1987, Sua Santidade propôs o seguinte plano de paz, composto por cinco pontos básicos:
Transformação de todo o Tibet em uma zona de paz.
Cessação da política chinesa de transferência de população, que ameaça a própria existência dos tibetanos como povo.
Respeito pelos direitos humanos fundamentais dos tibetanos, bem como de suas liberdades democráticas.
Restauração e proteção do ambiente natural tibetano, e o abandono do uso do território tibetano, pela China, para produção de armas nucleares e como depósito de lixo nuclear.
Início de negociações sérias sobre o futuro status do Tibet e das relações entre os povos chinês e tibetano.

Proposta de Estrasburgo

Discursando no Parlamento Europeu de Estrasburgo, na França, em 15 de junho de 1988, Sua Santidade detalhou minuciosamente o último dos Cinco Pontos desse plano de paz. Ele propôs o estabelecimento de conversações entre chineses e tibetanos para a criação de um governo autônomo das três províncias tibetanas, "em associação com a República Popular da China". O governo chinês continuaria sendo responsável pela política exterior e defesa do Tibet.
Para Sua Santidade, essa proposta era "o modo mais realista para se restabelecer uma identidade independente do Tibet e restituir os direitos fundamentais do povo tibetano, conciliando ao mesmo tempo os próprios interesses da China." Enfatizou por outro lado que "qualquer que seja o resultado das negociações com os chineses, o povo tibetano por si mesmo deve ser a autoridade decisória máxima."
Posteriormente, no entanto, em 2 de Setembro de 1991 (Dia da Democracia Tibetana), o Governo do Tibet no exílio declarou que a Proposta de Estrasburgo não estava mais em vigor: "Sua Santidade, o Dalai Lama, deixou bem claro, em sua declaração de 10 de março, que em razão da atitude fechada e negativa da atual liderança chinesa, percebeu que seu compromisso pessoal com as idéias expressas na proposta de Estrasburgo tornou-se sem efeito, e que se não houver novas iniciativas por parte dos Chineses ele se considerará livre de qualquer obrigação com relação a essa proposta. Entretanto, continua firmemente compromissado no caminho da não violência e em encontrar uma solução para a questão tibetana através de negociações e entendimentos. Sob as atuais circunstâncias, Sua Santidade, o Dalai Lama, não mais se sente obrigado ou limitado a manter a Proposta de Estraburgo como uma base para encontrar uma solução pacífica para o problema tibetano."

Contatos Oriente-Ocidente

Desde 1967, Sua Santidade iniciou uma série de viagens que o levaram a 42 países. Em fevereiro de 1990, foi convidado pelo Presidente Vaclav Havel para ir à Tchecoslováquia, onde divulgaram uma declaração conjunta incitando "todos os políticos a desvencilharem-se de restrições e interesses de grupos públicos ou privados e a guiarem suas mentes por sua própria consciência, sentimento e responsabilidade, fundamentados na verdade e na justiça."
Em 1991, encontrou-se com o Presidente dos Estados Unidos da América, George Bush, Neill Kinnock, o lider britânico de opsição, os ministros das Relações Exteriores da França e da Suíça, o Chanceler e Presidente da Áustria, e vários outros membros de governo estrangeiros. Em reuniões com líderes políticos, religiosos, culturais e comerciais, como também em grandes platéias em universidades, igrejas ou centros comunitários, falou de sua crença na união da família humana e da necessidade do desenvolvimento de um senso de responsabilidade universal.
Sua Santidade disse: "Vivemos atualmente em um mundo interdependente. Os problemas de uma Nação não podem ser solucionados muito tempo somente por ela mesma. Sem um senso de responsabilidade universal, nossa sobrevivência está em perigo. Basicamente, responsabilidade universal significa sentir pelo sofrimento de outras pessoas o mesmo que sentimos pelo nosso próprio sofrimento. Eu sempre acreditei num melhor entendimento, numa cooperação mais próxima e num respeito maior entre as várias Nações do mundo. Além disso, sinto que o amor e a compaixão são a tessitura moral para chegar à paz mundial."
Sua Santidade encontrou-se no Vaticano com os papas Paulo VI (em 1973) e João Paulo II (em 1980, 1982, 1986, 1988 e 1990).
Em um encontro com a imprensa em Roma, em 1980, expressou deste modo seu desejo de se encontrar com o Papa João Paulo II: "Vivemos em um período de grandes crises, de desenvolvimentos mundiais turbulentos. Não é possível encontrar paz na alma sem segurança e harmonia entre os povos. Por esta razão, espero ansiosamente por um encontro com o Santo Padre, para trocar idéias e sentimentos, e para ouvir suas sugestões sobre os caminhos para uma pacificação progressiva entre os povos."
Em 1981, Sua Santidade conversou com o Arcebispo de Canterbury, Dr. Robert Runcie, e com outros líderes da Igreja Anglicana em Londres. Ele também se encontrou com lideranças da Igreja Católica e comunidades judaicas, e pronunciou-se em um serviço interreligioso promovido em sua honra pelo Congresso Mundial da Fé. Em Outubro de 1989, durante um diálogo realizado em Dharamsala contando com a presença de oito rabinos e acadêmicos dos Estados Unidos, Sua Santidade enfatizou: "Quando nos tornamos refugiados, sabemos que nossa luta não seria fácil; ela levará muito tempo, gerações. Com freqüência nos referimos ao povo judeu e à forma como ele manteve sua identidade e fé a despeito de tamanha privação e sofrimento. Quando as condições externas amadureceram, ele estava prontos para reconstruir sua nação. Assim, pode-se concluir que há muitas coisas a aprender com os irmãos e irmãs judeus."
Em outro fórum sobre a comunhão de fé e a necessidade de união entre as diferentes religiões, ele afirmou: "Sempre acreditei que é muito melhor termos uma série de religiões e várias filosofias, do que uma única religião ou filosofia. Isto é necessário por causa das disposições mentais diferentes de cada ser humano. Cada religião possui certas idéias ou técnicas características, e aprender sobre elas só pode enriquecer a fé de alguém."

Reconhecimento universal e prêmios

Desde sua primeira visita ao ocidente, em 1973, a reputação de Sua Santidade como acadêmico e homem de paz só fez crescer, incessantemente. Nos últimos anos, um grande número de universidades e instituições em todos o mundo têm lhe conferido Prêmios da Paz e títulos de Doutor Honoris Causa, em reconhecimento pelos seus escritos sobre a filosofia budista e sua liderança a serviço da liberdade, da paz e da não-violência. Um desse títulos, o de Doutor, foi conferido pela Universidade de Seattle, em Washington, EUA.
O seguinte resumo da menção dessa Universidade reflete a estatura de Sua Santidade: "No reino da mente e espírito, o senhor se distinguiu na rigorosa tradição das universidades budistas, alcançando o Grau de Doutor com as mais altas honras, com a idade de 25 anos. No âmbito de assuntos diplomáticos e governamentais, não obstante, o senhor encontrou tempo para lecionar e registrou de forma escrita seus sutis insights sobre filosofia e o significado da vida contemplativa no mundo moderno. Seus livros representam uma contribuição significativa não somente para o vasto corpo de literatura budista, mas também para o diálogo ecumênico entre as grandes religiões mundiais. Sua própria dedicação à vida monástica e contemplativa tem alcançado a admiração não somente por parte dos budistas, mas também dos meditadores cristãos, incluindo o monge Thomas Merton, cuja amizade e conversações com o senhor eram extremamente férteis."
Ao apresentar o Prêmio de Direitos Humanos Congressional Raoul Wallenberg em 1989, o Congressista Americano Tom Lantos disse: "A luta corajosa de Sua Santidade o Dalai Lama o tem distinguido como um líder dos direitos humanos e da paz mundial. Seus esforços contínuos para cessar o sofrimento do povo tibetano através de negociações pacíficas e reconciliação têm exigido dele enorme coragem e sacrifício."

O Prêmio Nobel da Paz de 1989

A decisão do Comitê Norueguês do Prêmio Nobel de conferir à Sua Santidade o Prêmio da Paz ganhou reconhecimento e aplauso mundial. A citação diz: "O Comitê deseja enfatizar o fato de que o Dalai Lama, em sua luta para a liberação do Tibet, constantemente se opõe ao uso da violência. Ele, em vez disto, advoga soluções pacíficas baseadas na tolerância e respeito mútuos para a preservação da herança cultural e histórica de seu povo. O Dalai Lama desenvolveu sua filosofia de paz com uma grande reverência por todas as coisas vivas, e um conceito de responsabilidade universal que envolve toda a humanidade e também a natureza. Na opinião do Comitê, o Dalai Lama vem se conduzindo com propostas construtivas e visionárias para a solução de conflitos internacionais, questões de direitos humanos e problemas ambientais globais."
Em 10 de Dezembro de 1989, Sua Santidade aceitou o prêmio em nome de todos os oprimidos no mundo e daqueles que lutam pela liberdade e trabalham pela paz mundial e pleo povo do Tibet. Em suas considerações, disse: "O prêmio reafirma a nossa convicção de que com a verdade, coragem e determinação como nossas armas, o Tibet será libertado. Nossa luta deve permanecer sem violência e livre de ódio."
Ele também enviou uma mensagem de encorajamento pelo movimento democrático chinês, cuja recente manifestação na Praça da Paz Celestial havia sido alvo de brutal repressão. "Na China, o movimento popular pela democracia foi subjugado pela força bruta, em junho deste ano. Não acredito que as manifestações foram em vão, porque o espírito de liberdade renasceu no povo chinês, e a China não pode escapar do impacto desse espírito, que sopra em muitas partes do mundo. Os corajosos estudantes e seus defensores mostraram à liderança chinesa e ao mundo a face humana daquela grande nação."

Simplesmente um monge budista

Sua Santidade o Dalai Lama freqüentemente diz: "Eu sou simplesmente um monge budista — nem mais nem menos." Ele realmente segue os preceitos da vida de um monge. Vivendo em uma pequena cabana em Dharamsala, levanta-se todos os dias às 4 horas da manhã para meditar, e cumpre uma atribulada agenda de encontros administrativos, audiências particulares, ensinamentos e cerimônias religiosas. Conclui o dia, sempre, com orações. Ao revelar as suas maiores fontes de inspiração, ele normalmente cita seus versos favoritos, encontrados nos escritos do reconhecido santo budista Shantideva:

Enquanto o espaço existir,
enquanto seres humanos permanecerem,
devo eu também permanecer
para dissipar a miséria do mundo.

(Traduzido por Fátima Ricco Lamac e revisado por Arnaldo Bassolli.)


Texto e foto do Site http://www.dalailama.org.br/


" Até mesmo no exílio, a Nobreza deste Iluminado ser se mantém intacta. Simplesmente uma fonte de Inspiração Eterna. "
Anjo Guardião Branco, sobre Dalai Lama.