Não posso
mais
Não posso mais,
Minha alma está em
prantos...
Num dia reencontrei
esta alma,
mas esta não mais
madura,
desde que o Mestre se
foi...
Ah, que dor...
dói na alma,
não mais compactuar,
com aqueles que um dia
admirei...
E pensar que ali
havia encontrado minha família...
Quão ingênuo eu
sou...
Não conhecia a alma
humana,
não sabia das fáceis
intrigas,
por mero prazer de
especular,
ou por inveja, quem
sabe,
por desejar o trono,
ou simplesmente para
satisfazer,
le Rói du monde.
Será que minha
ingenuidade não tem fim?
Será que até o fim
desta,
serei enganado,
mastigado,
pelas presas trevosas
desde mundo,
destruído e
reconstruído,
toda vez que minha alma
cair?
Terei eu que sofrer,
para aprender?
Onde está o
sofrimento?
Havia aquele que um dia
me disse,
que sofrimento não era
mais necessário,
para nossa evolução.
Então, por que o
gênero humano ainda sofre?
Por que eu ainda sofro?
Letargia?
Inconsciência?
Inércia?
Ou será que estes
tempos vindouros,
ainda não chegaram?
Um dia chegarão?
Que faço com meus
sentimentos?
Enclausuro estes no
mais torpe claustro medieval?
Calo estes no silêncio
inquieto de um monge?
Ou apenas os acuso de
obras do Diabo,
como fazem os
inconscientes,
e culpo o bode
expiatório,
pelos pecados meus?
Até quando???
Há aqueles que dizem,
que estamos em plena
mudança,
não duvido, acredito,
mas minha alma não
pode mais,
mudar, crescer, amar,
envolver,
cair, sofrer e morrer.
Hoje estou lutando para
me manter nesta alma.
Não quero migrar, não
quero retrair,
não quero me tornar lúdico novamente,
quero reconstruir, mas
de forma digna,
trazendo todos os
tijolos que perdi,
nos vários processos,
e reconstruir
minh´alma,
numa casa nova, com
tijolos de todos os tempos.
Quero ser verdadeiro.
Não consigo ser falso,
me mata por dentro,
machuca minha criança
interna eterna,
que não gosta de
mentiras.
Aquele que mente e
constrói,
constrói em bases
móveis,
quais este deve
equilibrar sempre,
senão um dia, estas
mentiras o derruba.
Quero construir em
terreno firme,
em terreno verde, sem águas profundas,
para construir uma só
vez,
e depois só fazer
manutenção,
cada época, sua vez.
Minha alma quer
resgatar,
aquele ser pacífico,
telúrico, iluminado,
que só via paz, luz e
consciência.
Resgatarei-me, nesta
consciência,
farei minha
purificação,
e assim, resgatarei-me
verdadeiramente.
Perguntaria para este
eu passado,
se este eu atual,
seria ele um dia.
Acho que a resposta
seria não.
Com carinho compartilho,
Anjo Guardião Branco
Lua Solar do Jaguar,
Limi 17, do ano Mago Espectral Branco.
Em busca de prodígios.