segunda-feira, 3 de maio de 2010

Le Roy Du Monde




Le Roy Du Monde


Nos meus anseios mais íntimos,
desejo o simples e prático.
Porém, apenas o complexo
e ineficaz se apresenta...

Anseios estes nunca apresentados,
sempre esmagados,
pela exigência dos numerários...

“Se não lhes dermos paz,
eles nunca nos deixarão”...
Dizem eles.

Nunca teremos anseios,
teremos apenas obrigações,
e a insanidade dos “direitos do cidadão”

Sistema em ruína,
criado para não funcionar,
apenas existe para proteger a “elite”
o Governo Oculto,
protegê-lo da massa,
da turba, da prole,
dos plebeus, afinal.

Desejos, Anseios,
ora, como diria aquela personagem
“Isso não te pertence mais!!!”
Está errada esta frase,
isso nunca nos pertenceu.

Apenas uma pequena parcela
é-nos dada,
da liberdade, do nosso verdadeiro direito,
da herança que Deus Pai/Mãe nos deixou,
qual nos foi usurpada,
pelos “Defensores do Povo”,
propaganda enganosa...

Diria você,
o autor está delirando,
as pessoas não são assim tão más,
os governos funcionam,
as instituições são amigas,
as fachadas não existem.

Diria eu,
zumbi você é,
zumbi sociológico/econômico,
pois você nada tem,
e diz ter,
saiba que você perde tudo,
na hora que “eles” quiserem.

Le Roy Du monde.

Este é o carrasco,
qual vai lhe iludir,
persuadir, inibir,
até que você se mate,
de tanto trabalhar.

Não somos livres, queridos,
apenas temos essa ilusão.

Assim como eleições,
o chamado “show da Democracia”,
propaganda enganosa,
mais uma.

Elegemos alguns,
estes quais não conhecemos,
não sabemos nem mesmo seus nomes,
muito menos, suas reais intenções.

Estes despidos de qualquer pudor,
usurpam-nos a verdade,
em troca de uma falsa moralidade,
atingida pela prole,
pelo ego, sutil meta,
ante o poder,
este sim sua meta interior.

Mandar, desmandar,
roubar, matar,
iludir, ceifar,
vingar, coagir,
desmentir, mentir,
persuadir, inibir,
deter poder.

Causa final esta.

Talvez nunca tenhamos,
uma verdadeira liderança,
pois não há liderança,
sem conhecer o líder,
sem elegê-lo de coração,
sem conhecer sua intenção.

Democracia?Natimorto.

Como assim disse seu criador...
é Falha,
filha da corrupção.

Le Roy Du monde.

Apenas ele governa,
seus asseclas acham que mandam,
mas apenas servem,
ao Deus Demiurgo.

O Tempo da Vida acabou há tempos.

Vivemos hoje o tempo da Morte,
Kali-yuga é seu nome,
sorte que está no fim...

Que virá depois?

A Era de Ouro, dizem alguns,
a Era dourada dizem outros,
Brahma-yuga dizem alguns mais.

Talvez se aprendermos as lições,
que há Décadas, Séculos e até Milênios,
rejeitamos a aprender,
possamos assim viver,
uma nova era de Vida e Luz.

Até lá, apenas viverá,
na Mente dos iluminados,
no trabalho prático desta lição,
na realização de alguns,
e no coração dos demais.

Até lá, devemos observar,
aprender com o erro,
com a Treva,
para vivenciar a Luz,
num futuro próximo.

Até lá, queridos,
meditem, aprendam,
busquem na sua essência Divina,
e convivam com os Trevosos.

E Agora, estou eu,
aqui novamente, servindo o Sistema,
esperando a Massa Crítica,
acontecer.
Até lá, também meditarei,
buscarei, aprenderei,
para que quando eu tiver força,
fazer as mudanças necessárias,
para que a Luz finque pé,
e não mais se solte.

Selamat Jah.
Paz em todos os Quadrantes.
Com Carinho Compartilho,
Anjo Guardião Branco.

terça-feira, 23 de março de 2010

Takaurana e a Viajem





Takaurana e a viajem.


Houve o tempo de estudar. Houve o tempo de meditar. Aprender. Caminhar.


Agora é chegado o tempo de Peregrinar.


Estas palavras do Mestre atingiram em cheio Takaurana. Ele não se sentia pronto para se lançar no caminho ermo, errante, sem destino definido. O Jovem Monge não sabia onde iria parar, nem mesmo se sobreviveria a essa viajem. Seu coração estava pesado, questionamentos fervilhavam na sua mente: "Para onde vou? Que vou comer? Que vou vestir?"


Pairava na sua alma, uma Sombra.


Talvez a mais fugaz das Sombras; A Dúvida. Esta mancha na psique humana, é a "devoradora de homens", é a limitadora, a usurpadora. É o Dragão de Ébano pronto para devorar o incauto, acabar com suas lições, suas conquistas. Era o enganador primal, este que servia-se do coração de Takaurana, nesse momento.


Lágrimas inevitáveis caiam do rosto jovem do Monge. Já sentia saudade do Mestre, já idoso, do Templo, dos seus deveres, do seu quarto. Já sentia-se faminto, mesmo estando sem fome.


- Meu Filho... Não se assombre. Você Está pronto...

- Mas Mestre, e se eu não conseguir? Tiver Medo? Ficar doente?


O Mestre, com seu terno e eterno modo de ensinar, lembrou Takaurana de sua condição:


- Lembre-se do Jasmim...

- Aquele que o senhor me deu?

- Sim, este mesmo. Era uma bela flor, ótimo aroma, e foi bem cuidado. Mas mesmo assim, ele terminou sua jornada...


Takaurana tremeu. Entendeu o quê o Mestre queria dizer... Sua hora estava chegando...


- Vejo que entendeu, meu filho. Preciso que você continue suas lições. A senda precisa sempre ser buscada, ser acolhida na sua alma. Eu não vou durar muito mais, minha jornada está no fim. Preciso que você busque a Montanha Sagrada, para que sua iniciação aconteça. Para isso, você deve passar no teste final... A Jornada do Monge.


Mesmo quando a casa se afasta,

mesmo quando a Sombra lhe faz companhia,

o Monge deve se manter, se lembrar,

que nada neste mundo é eternamente igual,

se muda, transforma,

entra noutro caminho.

Peregrina.

Assim, o Monge deve sempre Peregrinar,

para se lembrar desta condição,

e também ensinar seu pés,

que mesmo descansando,

eles devem caminhar, peregrinar,

em busca da sua Montanha Sagrada,

sua Eterna Morada,

que é a si mesmo.

A Casa e o Templo do Monge é o seu Coração.

Esta é a Sabedoria da Jornada.


Limpando as lágrimas que agora rolavam sem parar, Takaurana abraçou seu eterno companheiro, e com um beijo na altura da testa, abençoou seu Mestre. Agora ele entendia o valor da sua Peregrinação. Ele não passaria fome, nem medo, nem teria dúvida. O Mestre poderia não estar ali, em carne, mas estaria ali sempre, em espírito.


Sem a Sombra da Dúvida, Takaurana pegou seu Cajado e seu Jarro, seus únicos pertences agora, olhou para o Mestre mais uma vez e se despediu.


Talvez para sempre, mas com certeza, para nunca mais perdê-lo.


Com Carinho Compartilho.


Anjo Guardião Branco.

terça-feira, 2 de março de 2010

Poema: Adeus, meu companheiro





Adeus, meu companheiro


Oh, querido companheiro,
dedicado em tuas artes marciais,
sismado com a vida, tua conduta perene,
mesmo neste momento caótico,
manteve tua honra.


Eis que me saúdo ao ver-te lutar,
vi-te bater com terríveis monstros,
vi lutar contra a penúria,
vi enfrentar tua dedicação,
a Fraca Regra dos Cavaleiros de Solamnia.


Eis que sinto tua morte,
como fosse a minha própria,
pois uma parte de mim foi contigo,
talvez minha coragem, talvez minha força...


Ah, que maquiavélica és a ganancia,
esta fez dois antigos companheiros lutarem,
em lados opostos, diabretes planos,
um para dominar,
outro para defender,
o que não mais existia...


Ah, que desgraça...


Que falta sinto da tua presença,
que falta fará aos Companheiros,
tua queda será um golpe,
ao sentimento da família,
a família qual me uni,
os Companheiros da Lança.


Tu lutaste até o fim, ó nobre guerreiro,
fez da tua crença, tua força,
fez da tua vida, um exemplo,
do teu símbolo, algo perene,
mesmo quando teus irmãos
lhes deram as costas...


Ah, grande Sturm,
Sagrado Cavaleiro de Solamnia,
descansa a ti, descansa,
pois tua missão estás cumprida,
salvaste a mim, a teus irmãos,
e eu, Laurana, lhe sou grata...


Grata pela tua Bravura,
grata pela tua presença,
grata pela tua Honra,
qual nos salvou e ensinou,
à continuar a contenda,
salvar o mundo de Krynn,
e encontrar os verdadeiros Deuses.


Grata, grande irmão.


Vá-te em Paz.


Possíveis palavras de Laurana, quando encontra Sturm morto pela lança de Kitiara. Este poema foi baseado numa passagem do livro “Dragões da noite de Inverno” da Saga Dragonlance, escrito por Margaret Weis e Tracy Hickman. Foi neste drama, a Queda de Sturm, qual me inspirei para conceber este poema. Seria necessário conhecer tal passagem para conhecimento total.

Com Carinho Compartilho;


Anjo Guardião Branco.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Palavras de Kuthumi





" Pensai sempre, antes que as palavras deixem os vossos lábios”.


Pois a palavra é como o vento e pode ser a brisa que retempera ou o furacão que destrói. E, como o vento, não pode retornar sobre os seus próprios passos.


Meditai, antes de proferir as vossas palavras.

Pois as pessoas que vos cercam são como espelhos, a refletir em vossa direção o que recebem de vós. Assim, a vós retornará tudo o que ao vosso redor espalhardes.


Por isso meditai sempre, para que as vossas palavras espalhem o amor, a compreensão e a paz. Não é uma questão de serdes bons, mas de serdes felizes.


Vigiai as vossas palavras.


Para que não tragam lágrimas, mas sorrisos; para que ao desespero sobreponha uma nova esperança, à animosidade o perdão, à escuridão um raio de luz.


São como ferramentas, as palavras; vossa é a escolha de como serão usadas. Com elas, podeis construir ou destruir.


Entretanto, uma vez findo o trabalho, deveis gozar o conforto de um teto, ou assentar-vos entre as ruínas. E a satisfação ou o arrependimento estará em vossa companhia.


Recordai, sempre, que em cada hoje construís o vosso amanhã. E as dores e alegrias que semeardes entre os vossos irmãos estarão à vossa espera, em alguma curva do caminho. Pois ninguém foge de seu passado ou se esconde da própria consciência.


"Vigia as vossas palavras ".


Com Carinho Compartilho,


Anjo Guardião Branco.